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Liberdade x Prisão

Aung San Suu Kyi: Os heróis não morreram – Republicação Especial

by A Itinerante - Neiva 13/11/2010
Escrito por A Itinerante - Neiva
“Não é o poder que corrompe, mas o medo. O medo de perder o poder corrompe aqueles que o detém, o medo do flagelo do poder corrompe aqueles que estão sujeitos a ele.” – Aung San Suu.


Aung San Suu Kyi é líder política e ativista birmanesa, premiada com o Nobel da Paz em 1991, líder da oposição ao regime ditatorial do país, ativista dos direitos humanos.

É filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia, que foi assassinado quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade.

Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988, por altura da morte da mãe. O seu retorno à Birmânia coincidiu com a eclosão de uma revolta popular espontânea contra vinte e seis anos de repressão política e de declínio econômico no país. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.

Nesse ano de 1988, morreram dez mil pessoas em consequência das medidas de repressão adotadas pelo regime. Após o seu partido (a Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida a prisão domiciliar pela junta militar que governa o seu país. A Birmânia – denominada Myanmar, a partir de 18 de junho de 1989 – continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditadorial, mas a luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional.

Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991 foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz.

Em 1995, o regime militar decidiu levantar a pena de prisão domiciliária imposta à Prémio Nobel, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade durou pouco. Dos últimos 20 anos, ela passou 15 em prisão domiciliar.

Em 2001, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada Walk On.

Em 2008, Suu Kyi foi classificada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar. – Fonte Wikipedia.

Em Ago/09, quando estava prestes a ser libertada, foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar, o que impedirá sua participação nas eleições de 2010.

…

O governo da Birmania por diversas vezes ofereceu sua liberdade com a condição de que saisse do país. Ela nunca concordou. Nestes anos de prisão ela não teve autorização sequer para ver seu marido e seus dois filhos. Seu marido faleceu de câncer em Mar/99. Nesta ocasião, foi autorizada a viajar, mas recusou com receio de ser impedida de voltar. Com a saúde debilitada, cumpre prisão em sua casa, contando apenas com alguns ajudantes cativos como ela. A casa está quase sem móveis, pois foram vendidos para pagar seu sustento. A estrutura está praticamente em ruinas e necessitando de reformas. Ela recusa a ajuda financeira do governo.

…

O que faz uma pequenina mulher como esta dizer NÃO por quase duas décadas? Que força move este espírito e faz com que resista à saudade, ao isolamento, às necessidades materiais, à debilitação física?

Suas convicções? O amor pelo seu povo? O repúdio à ditadura, à tortura, à corrupção, ao desrespeito pelos direitos humanos? A Ideologia?

O que faz com que mesmo fisicamente presa seja tão intensamente livre?

O que quer que seja que move Aung San Suu Kyi, é o que todos nós precisamos, para que também aprendamos a dizer NÃO.

…

Página Oficial de Aung San Suu Kyi aqui.

Vejam aqui texto do Ministro de Relações Exteriores da França sobre o tema, publicado no Herald Tribune em 13/06/2009.

Imagem daqui.

…

ATUALIZAÇÃO EM 13/11/10

Escrevi este post há mais de um ano, em 30/08/09 e republico hoje com imenso orgulho e muita alegria em comemoração à libertação de Aung San Suu Kyi.

Imediatamente após o encerramento do regime de prisão domiciliar o Comitê do Nobel da Paz convidou-a para visitar Oslo onde não pode comparecer em 1991 para receber o prêmio Nobel da Paz.

Parabéns a Aung San Suu Kyi pela resistência e persistência durante estes 20 anos (!) de prisão domiciliar.

Hoje meu coração é mais leve e adormecerei feliz!

OS VERDADEIROS HERÓIS NÃO MORREM NUNCA !!!

13/11/2010 0 comment
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Mas o que é mesmo esta tal de Liberdade?

by A Itinerante - Neiva 10/09/2009
Escrito por A Itinerante - Neiva

“…Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda…” – Cecília Meireles


“Liberdade é uma calça velha azul e desbotada” – Slogan publicitário US Top

No Dicionário:

Liberdade – sf (lat libertate) – 1 Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2 Poder de exercer livremente a sua vontade. 3 Condição de não ser sujeito, como indivíduo ou comunidade, a controle ou arbitrariedades políticas estrangeiras. 4 Condição do ser que não vive em cativeiro. 5 Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão.

Fora do dicionário:

“Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem.” – Sartre

“O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada.” – Jean-Jacques Rousseau

“A liberdade é uma planta que cresce depressa, quando ganha raízes.” – George Washington

“A liberdade é incompatível com o amor: um amante é sempre um escravo.” – Marguerite de Launay

“É verdade que a liberdade é preciosa. Tão preciosa que deve ser cuidadosamente racionada.” – Vladimir Lenin

“De nada adianta a liberdade, se não temos a liberdade de errar.” – Gandhi

“A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras.” – Carlos Drummond de Andrade

“É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida, mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe liberdade.” – Victor Hugo

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.” – Liev Tolstói

“É uma boa coisa exigir liberdade para nós mesmos e para aqueles que concordam conosco, mas é uma coisa ainda melhor e mais rara dar liberdade a outros que discordam de nós.” – Roosevelt

“Amo a liberdade, por isso, todas as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí.” – Bob Marley

“A mais alta forma de liberdade traz consigo a maior medida de disciplina e humildade.” – Gandhi

“O único meio de criar homens livres é educá-los, outro modo ainda não se inventou, e com certeza nunca se inventará.” – Olavo Bilac

“A única pessoa realmente livre é aquela que não tem medo do ridículo.” – Luis Fernando Verissimo

“Até onde vai o seu autocontrole, vai a sua liberdade.” – Eschenbach

“Os homens só serão livres quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre.” – Diderot

“Liberdade é o meu vício!” – Sartre

“A liberdade está em ser dono da própria vida.” – Platão

“A liberdade começa onde acaba a ignorância.” – Victor Hugo

“Ainda que tivesse que ficar só, não trocaria a minha liberdade de pensar por um trono.” – Lord Byron

“A liberdade consiste em se fazer tudo o que não prejudica os outros.” – Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão

“São a força e a liberdade que fazem os homens virtuosos. A fraqueza e a escravidão nunca fizeram nada além de pessoas más.” – Jean-Jacques Rousseau

“A liberdade é um bem tão apreciado que cada qual quer ser dono até da alheia.” – Montesquieu

“A verdadeira liberdade está no poder sobre si mesmo.” – Montaigne

“Há homens escravizadamente escravos. Há homens livremente livres. E há homens livremente escravos, homens tão soberanamente livres de todas as escravidões internas que podem voluntariamente reduzir-se a uma escravidão externa, por amor a um ideal ou à humanidade.” – Huberto Rohden

…

Eu acho que liberdade é ter opções e poder fazer escolhas. Quanto mais nos informamos, mais opções se abrem à nossa frente. Quanto mais sabemos sobre estas, mais conscientes e responsáveis serão nossas escolhas. Então, Liberdade para mim é Conhecimento.

Quero saber: para você o que é esta tal de liberdade?

Imagem: calça jeans Levis Laço Branco daqui. O laço branco é um símbolo de apoio ao casamento homossexual.

Citações: encontradas em vários sites da net como o Citador e o Wikiquote.

10/09/2009 0 comment
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As prisões mentais

by A Itinerante - Neiva 06/09/2009
Escrito por A Itinerante - Neiva

Li é uma amiga que conheci há um bom par de anos. Na época, ela era uma negra jovem, linda e com uma risada tão incrivel que não tinha quem não se contagiasse com sua alegria. Parecia carregar consigo a liberdade de viver, tanto que um pouco depois acrescentou a seu nome artístico uma palavra com este significado.

Com o passar dos anos nossas vidas tomaram rumos distintos: eu fui para Natal, com filhos, malas, cuias e um beagle e ela foi para o Canadá, sem filhos, poucas malas e quase nada de dinheiro no bolso. Foi para dançar em shows de samba que os gringos adoram. Foi e ficou. Casou, teve filho, dava aulas de dança, lançou-se cantora, deu entrevistas e criou – pasmem – uma escola de samba inteira e completa por lá.

Voltei de Natal e tempos depois soube que voltara também. Foi em casa com seu filho.

A primeira coisa que notei foi a falta da risada escancarada de gostosa, depois as mudanças todas: o corpo mais cheio, a postura mais restrita, a voz mais baixa, o olhar inseguro, mas foi só com o passar dos meses que soube estar com Síndrome do Pânico.

Era agora incapaz de andar sozinha pela cidade, de pegar um metrô e até mesmo de atravessar para o outro lado de uma rua. Narrou-me que às vezes saia de casa para ir à padaria no quarteirão ao lado e bastava atravessar a rua e dar uma dúzia de passos. E ela era incapaz de fazê-lo porque quando estava por atravessar vinha a sensação de angústia, a impressão de algo ruim aconteceria se o fizesse e ficava congelada, lutando contra si própria até desistir e voltar para casa.

No metrô era pior. Como no Canadá é comum o suicídio nos trilhos, as lembranças ocorriam à mente e não conseguia sair do trem na estação de destino. Ficava sentada até o final ou indo e voltando. Acabava por pedir ajuda a um desconhecido e conseguia sair. Algumas vezes, quando tinha algum compromisso profissional realmente importante, ligava-me: Neiva, preciso ir à estação tal, você pode pegar-me na minha estação e levar-me até ela?

Estarrecedor porque ela era minha definição mais completa de liberdade. Como um ser humano chega ao ponto em que, fisicamente livre, é incapaz de atravessar uma rua?

Aos poucos, com ajuda de vários tratamentos, médicos, psicológicos e religiosos, Li recuperou-se e o Transtorno do Pânico é agora apenas uma lembrança ruim, mas:

* A OMS estima que 450 milhões de pessoas no mundo sofrem de desordens mentais ou de comportamento ou de problemas psicosocial.

* 1 em 4 pessoas será afetada por desordem mental em alguma etapa da vida.

* Desordens mentais e neurológicas representam 14% da carga global de doença e contribuem 28% da carga de doença atribuível as doenças não transmissíveis.

* Estudos mostram que a prevalência de desordens mentais deverão continuar a crescer nos próximos anos.

* Em 2040 aproximadamente 81,1 milhões de pessoas viverão com alguma forma de demência.

* A carga atingirá predominantemente os países de média renda.

* A taxa de aumento na prevalência é estimada em 300% na Índia,China, áreas do Sul da Ásia e Pacífico Oeste. E 100% nos países de alta renda.

* No Brasil estima-se um aumento da prevalência em mais de 150 % .

Estudo completo aqui daqui.

E a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou este mês:

“Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde”.

Ou seja, a depressão em 2030 será a maior causa de mortes do mundo. Em alguns países, como os EUA, na faixa etária dos jovens, ela já é a terceira causa de morte.

…

Cada um de nós deve ter uma amiga como a Li em sua vida ou já foi como ela.

Além de todos nossos afazeres, familiares e profissionais, a sociedade cobra-nos participação consciente em política, ecologia, etc. Acho que temos sim que dar nossa colaboração, mas ninguém é de ferro como mostram estas estatísticas e é por isto que defendo uma certa alienação sadia e não apenas leio como adoro o Fofocas de Marte, As Tirinhas de D. Ramirez, o Depósito do Calvin e toda forma de humor, sem contar futilidades como acompanhar realitys shows como o BBB e A Fazenda.

E você? Como combate o risco à doença mental?

Imagem: O Grito de Edward Munch daqui.

06/09/2009 0 comment
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