Critica
Square Enix: “Estamos pensando em deixar os desenvolvimentos maciços internos”
É uma decisão após estudar seriamente o desenvolvimento de Final Fantasy XIII.
O diretor de Final Fantasy XIII e Final Fantasy XIII-2, Motomu Toriyama, explicou durante a GDC em Taipei que a Square Enix estuda abandonar o desenvolvimento interno de grandes jogos como este por causa dos custos elevados de produção.
“Estamos pensando em não produzir mais jogos em grande escala interna”, explicou. “Para nossa empresa, produzir Final Fantasy XIII para PlayStation 3 tem exigido uma enorme base de dados gráficos … com cerca de 200 trabalhadores envolvidos.”
Embora Toriyama reconheça que com Final Fantasy XIII-2 agilizaram muito o processo de desenvolvimento, ainda assim acredita que há espaço para melhorias.
“Não há tempo suficiente para adicionar tudo o que tínhamos aprendido no jogo anterior”, disse ele.
Opinião: Será que o desenvolvimento do Versus XIII será cancelado?
“E na nossa conferência, realmente erguemo-nos e colocamos ambas as mãos no ar e dissemos, olhem, somos para os jogadores primeiro e acima de tudo.”
“Enquanto alguém da concorrente, aparentemente, está a perder a direção, esquecendo-se do que construiu esta indústria. Foi o jogador. Permanecemos incrivelmente focados no jogador, na nossa conferência realmente mostramos isso.”
Na sua perspetiva outras companhias investem muito tempo a tentarem mostrar-se legítimas em áreas de entretenimento que não vídeo/jogos, porque não faz parte delas enquanto num produto Sony, os consumidores sabem desde logo que é uma parte do seu DNA, e que está garantido.
Fonte
[Bruno]Final Fantasy XIII-2, primeiras impressões, detalhes da Gameplay e Críticas…
Pagando a minha dívida com a Neiva, e com todos vocês, aqui estão as minhas primeiras impressões.
Espero que gostem, desde já me desculpo pela demora e digo que qualquer comentário será respondido o mais breve que o jogo e o meu console permitirem, rsrsrs…
Então, lá vai a review, ficou um pouco grande, isso que ainda nem falei de tudo, ficou faltando falar do Mog e da Chocolina, mas isso é assunto para um próximo post, rsrsrs… No fórum fiz uma formatação diferente, aqui fica um pouco mais difícil de fazer a mesma formatação, vou arrumando com calma, pois pretendo deixar as duas bem iguais, lol….
“Bom, como a maioria já deve saber, comecei junto com o Denis o Final Fantasy XIII-2, embora nesse momento ele já esteja um tanto razoável na minha frente, devido a inúmeros fatores, à minha lerdeza, falta de tempo, etc e tal, rsrs…
Mas agora, com um pouco mais de 25 horas de jogo, consegui largar o Joystick pra vir aqui passar as minhas primeiras impressões, pois Final Fantasy XIII-2 é uma experiência extremamente viciante, que, pelo menos pra mim, prende em níveis apocalípticos e atemporais, rsrsrsrs… Não chega a ser uma obra de mestre, mas são muitos os prós e é muito divertido de jogar, espero que entendam com a análise abaixo:
“Se não desejas vê-los não leia, avisarei quando os espoilers acabarem…”
Após a queda de Cocoon no final do primeiro jogo, Lightning foi pega por um paradoxo temporal, indo parar no reino da Deusa Etro, Valhala, que terá que proteger… Todos os velhos amigos de Light sofrem o efeito desse Paradoxo e acreditam que ela está dentro do pilar de cristal que segura Cocoon, junto com Fang e com Vanille, todos menos um, sua irmã Serah, que tem certeza de que Light está viva e fora do Grande Pilar, em algum lugar.
É exatamente nesse contexto que Kaias, nosso vilão viajante do tempo entra. Kaias é guardião das Yeul, as Fearees Seareers que têm o dom da profecia, concedido pela própria deusa Etro, porém, ao terem essas visões as Yeul morrem, e reencarnam através do tempo. Kaias, cansado de ver por tantas vezes a sua protegida morrer, decide por um fim a isso, atacando Valhala, afim de destruir a deusa Etro, que por sua vez, está muito bem protegida pela belíssima Lightning, em sua armadura prateada cheia de penas, rsrs…
No meio desse caloroso combate entre Kaias e Lightning, um novo portal se abre e um jovem desacordado cai em direção do solo, Light, que já parece o conhecer, o salva e pede para o jovem, que se apresenta como Noel Kreiss, vá atrás da sua irmã Serah e traga ela até Light, para ajudar a derrotar o vilão, e para isso envia o Mog, um adorável moogle, para proteger Serah. Noel então se lança num novo portal do tempo…
Serah, que sonhara com tudo aquilo acorda, em meio ao caos que New Bodhun se tornou com a invasão de vários inimigos que vieram junto com a queda de um enorme meteoro, no meio dessa confusão toda Serah conhece Noel e os dois resolvem o problema, após Noel explicar que tudo aquilo estava sendo causado por um Paradoxo do tempo.
E esse é o início da jornada de Serah e Noel através do tempo e espaço, entrando em portais, resolvendo pardoxos, resataurando a linha do tempo, na esperança de, no meio de tudo isso, cair em Valhala. Alguns personagens e locais conhecidos apareceram no meio da história, às vezes completamente mudados e em outras situações, como é o caso do menino Hope, que já não é nem de longe um menino.
Os diálogos e o enredo ficam o tempo todo batendo nessa mesma tecla de Light, Light, Light, o tempo todo, o que torna o enredo fraquíssimo e dá aquela impressão de feito nas coxas, agora, no capítulo 3.2 é que ouvimos falar de Fang e de Vanille, e são apenas mencionadas, nada muito profundo…
Isso sem contar dos clichês, principalmente em Serah e Noel, Serah a típica mocinha apaixonada, querendo aprender a cuidar de si mesma e encontrar sua irmã, Noel, o típico personagem sem muito jeito para lidar com as pessoas, que quer salvar o mundo.
Isso sem falar na presença de Sidequests em todos os períodos, algumas das quais só serão possíveis de se resolver em outras épocas, períodos, etc..
Ainda assim, o jogo apresenta falsas cidades, como já foi comentado por algumas pessoas, não temos cidades de verdade, com casas entráveis, lojas, etc, e sim apenas imitação delas, onde tem muitos NPC’s, sidequests, mas sem a gloriosidade de antigamente, mais uma falha da Square…
A Gameplay de Final Fantasy XIII-2 é tão rica, que vou dividi-la em alguns pontos:
A Crystarium, que é o motor de desenvolvimento dos personagens no jogo, está muito mais complexo e completo, Noel e Serah ganham Crystogen points ao final de cada luta, assim como no primeiro game, esses pontos servem para “comprar” os cristais na Crystarium, que vão aumentando de valor conforme vamos avançando. Diferentemente do game anterior, aqui é um Crystarium só para cada personagem, com o formato da arma que o personagem usa, e nesse Crystarium são aprendidas todas as habilidades, de todas as Roles, o Crystarium ganha expansões conforme se completa uma “volta” pela Crystariu, e a cada expansão feita o jogador ganha um bônus, que pode ser escolhidos, entre as opções de bônus temos a possibilidade de aprender uma nova Role, aumentar a capacidade para equipar Acessórios, aumentar a barra de ATB, ou ainda, dar um boost nas habilidades já existentes. Cada Role é masterizada em níveis diferentes para Noel e Serah, por exemplo, Noel masteriza a Role de Comando, no nível 60, enquanto Serah masteriza no 50, embora essas Roles ainda fiquem abertas e “upáveis”, mas sem novas habilidades.
Com isso, o Crystarium fica ainda mais dinâmico e mais personalizado, de acordo com o jogador, estilo de luta, etc… Isso sem contar que, após 10 expansões é possível liberar habilidades especiais para os personagens Serah e Noel.
Para os monstros, a coisa muda de figura, upar os monstros requer uma outra forma. A upagem dos monstros é feita através de itens, que podem ser dropados de monstros, achados em baús e ainda comprados da Chocolina.
Os itens e os monstros possuem Grades (ranks) que determinam quais os tipos de item podem ser usados em cada monstro. Por exemplo, monstros de Grade 2 só podem ser upados com itens de Grade 2, para Grade 3 a mesma coisa e assim por diante. Quando a crystarium de um monstro expande, ele também recebe bônus, que são apenas dois: boost ou aumento de ATB, e, após a expansão, a sua Grade também aumentará, o que torna a upagem dos monstros algo bem estratégico, já que os itens de Grade mais alto são mais difíceis de conseguir e Chocolina só vende itens de Grade 1.
Entre os itens, existem vários deles de cada nível, alguns aumentam mais a magia, alguns aumentam mais a Strenght, outros aumentam mais o HP e outros aumentam todos os status por igual. Porém em proporção menor, isso deixa também a upagem mais estratégica, já que é muito mais vantajoso usar itens que aumentam mais a magia para Ravegers, Saboteurs, Synergistas e Médicos, upar mais a Strength nos Commandos e o HP dos Sentinels, o que te leva a ficar correndo atrás de itens específicos para melhorar os monstros e passar horas e horas farmando eles para poder realizar uma upagem significativa.
A Crystarium, mesmo parecendo um pouco estranha no princípio realmente mudou muito e está muito mais personalizável, de acordo com o jogador.
Capturar monstros é um dos maiores mini-games de Final Fantasy XIII-2, vivemos de idas e vindas temporais atrás de monstros melhores, mais fortes, ou seja até mesmo pela realização pessoal de completar a coleção. Atualmente estou com 35 monstros, mas o herege do Denis já está pra lá de 50 monstros, alguns absurdamente fortes, entre eles, Chocobos de várias cores.
Como já falei da upagem dos monstros, não vou comentar novamente. O que tenho a acrescentar é que cada monstro possuí uma única Role e que, na maioria dos casos, monstros de mesma Role aprenderão habilidades diferentes e ainda, cada monstros se “masteriza” em determinada Grade, tenho alguns monstros de Grade 1 que já são Máster e outros que chegaram no Grade 4 e ainda não apresentam sinal de fim, rsrs…
As batalhas seguem o mesmo padrão do primeiro Game, temos a barra de ATB, que pode ser expandida via Crystarium até a quantidade de 5 segmentos (pelo menos até agora) , nessa barra são inseridos os comandos desejados para o personagem, a inserção pode ser feita via automática (auto-battle, auto-chain, etc) ou manualmente, onde o jogador escolhe os comandos e adciona-os à barra de ATB.
A party é composta por Noel, Serah e um monstro, você pode colocar até três monstros no seu Monster Pack, e personalizar os seus paradigmas de acordo com a natureza das habilidades do monstro, ou seja, trocou de paradigma durante a luta, troca o monstro na party, ou não, caso a role do paradigma seja a mesma usada no paradigma anterior.
Fora isso, é possível trocas de líder durante a luta e, caso um personagem morra, a liderança passa automaticamente para o personagem restante, o que torna o game over possível apenas quando os dois personagens humanos na party morrem.
As batalhas de bosses são um Show à parte, nelas temos também as Cinematic Actions, que são os Quick Time Events, onde, durante uma cena, aparecerá um botão para apertar para que o personagem realize alguma ação. Você não precisa fazer os Live Triggers, mas se o fizer, ganhará algumas recompensas, entre buffs nos personagens, debuffs nos inimigos e até mesmo, itens no final da luta.
Notei também que, na dificuldade normal, principalmente no começo, é bem mais difícil de tirar cinco estrelas, embora seja muito mais fácil de pegar os inimigos em preemptive Strikes, conforme você vai upando e se acostumando com os combates, fica mais fácil de tirar as cinco estrelas, agora é raro as lutas em que não tiro, rsrs…
Para iniciar as lutas, é usado o Mog Clock, os inimigos aparecem no meio do cenário e o Mog Clock vai variar entre Vermelho, Amarelo e Verde, caso seja a sua party que ataque, o marcador estar verde e indicará uma vantagem inicial pra você na luta (Preemptive Strike) , caso seja o monstro que ataque, o marcador será amarelo e ninguém tem a vantagem inicial, caso ninguém se ataque, a luta inicia em desvantagam para a party, que não poderá usar a opção de Retry, o que dependendo da dificuldade da luta, pode ser uma perda muito grande! Eu não curti muito isso, pois é bem mais fácil de conseguir os preemptives e ainda, que às vezes os monstros aparecem numa área muito grande e temos que ficar procurando pra atacar, mas ainda assim, não deixa de ser uma experiência nova.
A Historia Crux é o sistema de viagem no tempo do jogo, conforme abrimos os portais eles ficam permanetemente abertos para visitas posteriores, o que dá aquela sensação de liberdade, podendo ir e vir através dos portais, realizar quests, ou mesmo ir atrás de monstros, upar e farmar materiais pra evolução dos monstros.
Após efetuar os eventos da história é possível “fechar” os portais para realizar os eventos novamente, alterando Live Triggers (que são as escolhas feitas durante o diálogo) e descobrindo diferentes pontos da história (que história??? Rsrs) e novos fragmentos.
Por falar em Fragmentos, temos um total de 160 deles no jogo, coletando todos certamente teremos diferentes finais, eles podem ser coletados das mais diferentes maneiras: completando Quests, resolvendo Puzzles, matando monstros, escondidos pelas Dungeons, e assim vai…
Destaque para a música do momento em que você monta um Red Chocobo e para o Tema dos Bosses, Final Fantasy Rock Band Hero Heavy Metal XIII-2, ahushsa, realmente gostei muito dessa trilha sonora mais pesada, nos momentos certos, dão aquele embalo nas lutas.
Outro ponto que merece destaque, são as músicas cantadas, sim, temos mtas músicas cantadas no jogo, bem pop e leve para embalar as dungeons.
Fora isso, os diálogos estão muito bem feitos, apesar de serem tãããão repetitivos, rsrsr… Os dubladores também combinam bem com os seus personagens, passando um ar de ralidade realmente muito bom.
Os detalhes dos ataques e magias continuam como sempre, nada muito novo, mas não era ruim e continua da mesma forma.
Enfim, ainda não achei nenhum motivo contra a trilha sonora e efeitos sonoros, pra mim parecem bons em todos os sentidos.
De resto, não tenho muito pra falar dos gráficos.
Ainda assim, é um jogo extremamente rico em gameplay, sendo possível jogar por horas em um único lugar, descobrindo, upando, resolvendo quests e puzzles… E sim, está entre os meus preferidos da geração
Quero simplesmente saber tudo, entender tudo, ter todos os monstros e é isso que o game consegue provocar, pelo menos em mim, e em todas as pessoas que estão jogando e que eu já tive a chance de conversar.
Realmente é uma pena essas falhas significativas que o game tem, fora que a Light só serviu pra ser garota propaganda, já que pouco se joga com ela, até o momento, foram menos de 20 minutos, o que é realmente uma grande perca, junte isso à história fraca e às falsas cidades e teríamos bons motivos para não jogar o game…
Ainda assim afirmo e reafirmo, Final Fantasy XIII-2 é um game que vale MUUUUUUUUUITO à pena ser jogado, experimentado, explorado e tudo o mais, sendo uma experiência totalmente viciante e nova, e ao mesmo tempo trazendo boa parte dos elementos que se espera de um bom RPG.
Não sou muito de dar notas, mas já que boa parte das pessoas gostam de notas, eu diria que Final Fantasy XIII-2 é um game nota 8,0. Não merece o lendário 40/40 da Famitsu, tampouco é ruim como eu pensei que seria…Como a Neiva costuma dizer, é um game que convence pelo conjunto da obra, que é mágico…
Nome da desenvolvedora: Square Enix
Lançamento: Novembro de 2008 (Não achei o dia correto)
Plataforma: Xbox 360 e PC
Gênero: JRPG
O game foi lançado no final de 2008 para xbox 360 e no início de 2009, para PC. Uma versão para PS3 foi muito comentada e há rumores de que seja lançada ainda esse ano, mas são apenas rumores. A produtora do game é a famosa Square-Enix (nem preciso falar dela aqui, certo?!?!).
A pergunta que pretendo responder hoje é: Será que, ainda hoje, vale à pena jogar esse jogo? Os gráficos e a jogabilidade já não estão ultrapassados?
Então, vamos lá!
A história do jogo se passa em um mundo onde humanos, qsitis, yamas e sovanis lutam juntos para limpar a terra dos monstros que vivem atacando por todos os lugares. É no meio dessa guerra toda, que conhecemos o nosso jovem protagonista Rush Sykes, um jovem que é filho de um casal de cientistas que fazem pesquisas sobre Remnants, que são entidades antigas que podem se apresentar das mais variadas formas (guardiões de cidades, baús de tesouros, armas e até mesmo como monstros). Rush vive apenas com a sua irmã mais nova, Irina, em uma ilha. Os dois sentem muita falta dos pais, até que recebem a alegre notícia de que estes mandariam alguém buscá-los para que se juntem à eles, quando de repente uma grande criatura alada cercada de monstros descem do céu e pegam Irina, Rush não pode fazer nada, no fim de suas esperanças agarra o medalhão que Irina carregava no pescoço e desperta um poder chamado Omnistrike, um ataque devastador, mas que não impede que os sequestradores levem Irina.
Rush desmaia devido ao esforço e acorda em uma floresta, onde sai desesperado em busca de algum sinal de Irina, até cair no meio de um grande campo de batalha onde o exérctio do Marquis de Athlum, David Nassau, lutam com uma feroz horda de monstros. Um acidente acontece, mas no fim, Rush acaba caindo nas graças do Marquis, que oferece apoio a Rush na busca por Irina e abrigo na sua cidade, Athlum.
Com um enredo desse para se desenrolar podemos esperar um grande jogo e muitas horas de diversão, mas nem só de enredo é feito um game, hehehe…
A jogabilidade é ao mesmo tempo tradicional inovadora, temos aqui os tradicionais combates por turnos, só que com muitas novidades! Dentro de uma luta, cada personagem é uma Unity inserido em uma Union. É possível controlar várias unions ao mesmo tempo, do lado direito teremos uma lista de ações, como por exemplo: atack, atack com Magic Arts (Magias de Ataque), atack com Combat Arts (Skills de ataque), curar a equipe e algumas especiais que aparecem em determinadas condições e apenas em lutas específicas.
Cada personagem pode ter armas equipadas nas duas mãos e usar dois acessórios e alguns contam com itens especiais, como Rush, que tem o seu medalhão. Sendo que só é possível mexer nos equipamentos de Rush (pelo menos até agora).
Nas lutas ainda temos a barra de moral, que indica se as suas uniões estão em vantagem ou desvantagem nas lutas. Quanto maior a sua moral, mais dano você conseguirá arrancar dos seus inimigos. Habilidades de Cura diminuem o seu dano e quebram o seu Deadlock (que também são uma vantagem ou desvantagem que podem ocorrer nas lutas).
Fora isso, ainda temos os Trigger Events. No meio de um turno, podem aparecer um determinado botão para apertar no controle, ao estilo de GoW, Naruto UNS, Castlevania LoS e muitos outros, se apertar na hora certa, conseguirá um dano extra, fora que as animações desse eventos também são muito legais.
A exploração é tipicamente de um jRPG, só que com um detalhe: os monstros ficam vagando pelos cenários, é possível iniciar a luta ou deixar os monstros terem a iniciativa, contudo, se algum monstro encostar em você e iniciar uma luta você também perde a sua chain gauge, que é adquirida por ir matando vários monstros na mesma dungeon. Por isso, é melhor já andar com um dedo posicionado no gatilho direito, para iniciar as lutas por si mesmo. Rush ainda conta com a habilidade Timeshift, que desacelera o tempo e permite chegar perto dos monstros sorrateiramente. De resto, é possível recolher tesouros de remnants verdes espalhados pelas áreas.
Jogabilidade tradicional levada ao extremo, com muitas coisas para aprender e um grande grau de interatividade. lol!!!
Confesso que não sou muito de reparar em sons de jogos, mas Last Remnant conta com uma excelente trilha sonora, as músicas das dungeons realmente te colocam na exploração dos cenários e nas lutas o som é mais agitado. A dublagem já não impressiona tanto, ás vezes as falas não correspondem ao movimento labial dos personagens, embora as vozes tenham sido muito bem escolhidas.
Mas ainda tem uma parte que, para mim, é uma das mais importantes: gráficos. Os gráficos do jogo são excelentes, como na cidade de Athlum, que me fez lembrar de Rabanastre, de FF XII. Os personagens também são muito bem modelados e os monstros também são variados e bem modelados, porém, como nada é perfeito, é aqui que encontramos um dos maiores problemas: os gráficos demoram muito para carregar, principalmente entre as transições entre exploração e lutas, isso sem falar que às vezes também ocorrem Lag’s (travadinha, hehe) em algumas ações na hora dos combates.
Esses problemas são o que geram a opinião de ser um jogo mal acabado, porque ninguém merece esperar 5 minutos para uma transição entre exploração e combate, mas acalmem-se, pois esse problema tem solução!!! Para diminuir (e muito) os tempos de loading e o carregamento das texturas basta instalar o game no HD (no xbox 360), a instalação não demora, não precisa instalar os dois discos de uma vez e o resultado obtido é muito bom.
Enfim, para quem está à procura de um bom RPG, feito à moda antiga, com uma história que tem tudo para ser excelente, com mais de 50 quests para resolver, sendo possível trabalhar na formação da sua party de uma maneira diferente e com um sistema de batalha bem feito e com uma dificuldade razoavelmente alta, indico o game que, com certeza, não deixa a desejar, lol!!!
E aí, quem se habilita?!?!?
Assassin’s Creed II: O início da História de Ezio Auditore!!!
Nome da desenvolvedora: Ubisoft Montreal/Ubisoft
Data do lançamento: 17 de novembro de 2009
Plataforma: PS3, Xbox 360, iPhone e PC
Gênero: Ação/ Aventura
Tinha acabado de jogar Magna Carta II e não queria jogar outro RPG tão cedo, decidi ver qual era a desse Assassin’s Creed que a crítica estava amando, acabei ganhando o jogo de brinde, na loja onde sempre compro.
A primeira olhada no jogo já faz o queixo cair, CG’s lindas, primeiro um personagem moderno, num mundo atual que, depois de uma fuga alucinante, senta numa maquina chamada Animus para reviver as lembranças de um parente muito distante, chamado Ezio, pertencente à família Auditore, um personagem mais folgado que o Dante, que se mete em uma briga de rua entre gangues logo no começo… Tudo muito lindo, só os combates, que eu achei um pouco travado, mas a proposta do jogo não é essa mesmo e sim os assassinatos.
Começo então a conhecer a família Auditore e a fazer trabalhos na pele de Ezio, trabalhos como entrega de cartas, buscar coisas para a mãe e para os irmãos de Ezio, etc. Até que um evento acontece e a família Auditore é acusada de traição à cidade de Florence, uma traição contra a família Auditore, que resulta na morte do pai e dos irmãos de Ezio, deixando-o sozinho com sua mãe e irmã. Eles então se mudam para a Vila Auditore e Ezio começa a descobrir os segredos de sua família, descobre que o pai e os irmãos eram assassinos secretos e recebe um treinamento para entrar no negócio da família.
A Vila Auditore, também chamada de Monteriggioni, é o local onde você pode investir o dinheiro que ganha e ganhar ainda mais dinheiro pelos impostos, isso sem falar nos descontos que terá em tudo que comprar aqui, ou seja, nunca esqueça de investir na Vila Auditore.
A história de Assassin’s Creed é um show à parte, a jogabilidade não inova tanto, a exploração é bem ao estilo Prince of Persia, os combates não são tão eficientes, mas os assassinatos são de mais, sem contar nas estratégias para se camuflar e usar as cortesãs para atrair os guardas, lol.
O game tem inúmeros segredos que prolonga a vida do game por muitas e muitas horas, até hoje ainda não terminei de encontrar todos!!!
Esse game é o que serve de base para o Assassin’s Creed Brotherhood, como joguei o II, abro o caminho para a Neiva que pretende começar o game logo logo, eu só poderei jogar esse quando platinar o Resonance, por enquanto vou dar apenas uma espiadinha pra sentir qual é!
Espero que seja tão bom quanto o dois, que, como todos podem ver acima, eu adorei e indico até hoje para quem está procurando um bom jogo, ouso dizer que é um dos mais completos dessa geração, tem elementos para todos os gostos!!!
Logo nos primeiros capítulos Enslaved já nos situa em meio à uma história alucinante, onde Mionkey tem que ajudar Trip a chegar em sua casa em segurança, caso contrário ele morrerá, até aí tudo bem, todo mundo já conhece essa parte da história. O que não sabia é que no meio do jogo essa história sofreria uma tremenda reviravolta…
No meu texto anterior descrevi os primeiros capítulos do jogo, o desenrolar do relacionamento entre os dois, etc. Ontem finalizei o game, com aproximadamente 15 horas e posso dizer com certeza: Enslaved consegue cumprir muito bem o seu papel sendo um jogo que ficará na memória por um bom tempo.
Depois da minha fuga alucinante do Cão Robô, sigo mais algumas telas sem grandes problemas até chegar em uma parte que tenho de lutar contra o “bichinho”.
Derrotá-lo não é difícil, mas exige concentração e controle absoluto! Ao derrotá-lo a primeira vez seguimos para o lar de Trip. Chegando lá, temos que passar por um local com várias pontes que são controladas por painéis espalhados pela fase. Aqui, é preciso ajustar bem os comandos dos dois personagens para conseguir avançar, nada muito complicado. Chegando ao topo do “vilarejo” descobrimos a triste verdade: NÃO HÁ MAIS NINGUÉM ALI… Trip entra em desespero e sai desenfreada enquanto Monkey tenta resgatar a moça.
Quando os dois se reúnem novamente, Trip se lembra que há um local onde as pessoas poderiam estar escondidas, corremos para lá e somos novamente assaltados pelo Cão Robô, aqui é só ficar atento, pois tem um local onde o bicho não vai atrás de você, uma falha na parede, é só se esconder ali e atirar para desorientar o bitelo e depois atacá-los com golpes corpo-à-corpo.
Finalmente entramos no abrigo e também não encontramos ninguém, só uma mensagem do pai de Trip. A moça entra novamente em desespero e pede para Monkey ajudá-la à encontrar um amigo de seu pai que pode ajudá-los à salvar os humanos que foram aprisionados pelas máquinas. Monkey, que terá que ficar aprisionado por mais um tempo, decide ajudá-la (como se ele tivesse escolha, lol). E juntos eles encontram Pigsy, o amigo do pai de Trip, os três então, bolam um assalto à uma espécie de base submarina , que na verdade é um robô gigante, eles conseguem acionar todos os mecanismos e botam o bicho para funcionar, avançando diretamente sobre o território inimigo, destruindo as massas de robôs inimigos. Muito legal essa fase: animações incríveis, robôs escorpiões gigantes, sangues-sugas mecanizadas, hehehehe. Muito boa a fase, as coisas acontecem em um ritmo frenético, impossível parar de jogar depois desse ponto, hehe. Depois dessa fase alucinante, temos um epílogo maravilhoso, que se inicia após o sacrifício de Pigsy para Monkey e Trip liberarem os escravos.
Dentro da grande pirâmide, nossos heróis descobrem um ser que manipula todos os escravos, Trip e Monkey então ouvem a explicação de que a intenção do homem por trás de tudo isso não é de escravização e sim, de manter as pessoas a salvo desse mundo de destruição. Monkey então, sede a tentação e coloca a máscara, fazendo Trip tomar uma atitude desesperada e liberta não só Monkey, mas todos os outros escravos, deixando o jogo em aberto para uma continuação, quem sabe?!?!
Mas a questão que fica, depois que terminamos o game é: O que é melhor? Viver num mundo ilusório perfeito ou encarar a realidade de um mundo devastado onde todos os dias são uma luta pela sobrevivência?
O que acham? Quem terminou o game, o que achou? Será que teremos um Enslaved II?
Façam suas apostas….
(PS3/Xbox) Castlevania Lords of Shadows: primeiras impressões
A série conta a história de uma família destinada à matar o famoso Conde Drácula, o novo personagem da série, Gabriel segue e mesma sina, pelo que percebi nas primeiras fases do game, o que o motiva é amor, parece-me que os monstros mataram a mulher que ele amava e agora esse amor que se foi faz arder o seu desejo de vingança e justiça, sei lá, achei meio clichê e não me empolgou de verdade, acaba sendo mais um jogo de “mata tudo”, porém é bom pra fugir das histórias complicadas dos últimos games que joguei, hehe. Por ser o primeiro game da franquia à ser lançado nessa geração e pela fama da série, Lords of Shadows foi muito aguardado pela comunidade Gamer.
O jogo é um Hack’n’slash dividido em 12 capítulos, cada um contendo pequenas fases. A jogabilidade se assemelha à muitos outros jogos do gênero como God of War e Devil May Cry com algumas coisas únicas. Aqui você terá um livro onde poderá “comprar” novas Skills com a experiência adquirida e conforme adquirimos algumas, novas vão sendo liberadas. Temos também armas lançáveis com o botão B (facas de diferentes estilos), o combate corpo-à-corpo é rápido e intuitivo, Gabriel usa uma espécie de Cruz misturada com um chicote, que além de servir nas lutas pode ser usado para alcançar determinados lugares no game, pelo que já joguei e entendi, novas habilidades serão adicionadas ao vencer os bosses.
A trilha sonora do jogo conta com músicas “fúnebres” que dão aquele clima de terror a trama com músicas mais agitadas e épicas nos momentos de ação. A dublagem dos personagens é bem competente e os sons dos monstros então, merecem um destaque, são muito legais.
Os gráficos parecem meio mal-acabados, mas não são feios. Achei em alguns momentos meio quadrado e serrilhado, mas não é sempre e os cenários lindos compensam essas pequenas falhas. As CG’s são muito bonitas também, principalmente a inicial, onde tem um cenário de uma pequena vila, com uma tempestade caindo e lobisomens chegando por todos os lados, muito legal.
Existem muitos itens secretos espalhados pelas fases em cada uma é possível completar com até 110% o que não será uma tarefa fácil, pois te muita coisa pra explorar, eu nunca tinha jogado um Hack’n’slash tão aberto, na terceira fase que é uma floresta, confesso que fiquei perdido, hehehe, foi bom porque achei vários segredos, lol.
As conquistas são em sua maioria fáceis, boa parte delas virá com a finalização do game, pois a maioria está relacionada às fases e as Skill. As mais difíceis acabam sendo as de encontrar os segredos das fases e completá-las com o máximo possível de porcentagem, ou seja, os caçadores de conquistas gastarão muito tempo com esse game, lol!!!!!!!!!
Catlevania: Lords of Shadow com certeza é um jogo com muito potencial para prender pelas 20 horas que o jogo oferece, serão muitos combos para aprender, muitos BIG BOSSES para aniquilar ( e quando digo big, são big mesmo!!!) e muitas fases para desbravar a fim de cumprir a vingança de Gabriel. Eu joguei apenas as primeiras fases, pois estou com muitos games no momento, hehe, mas pretendo me aliviar em breve para poder dedicar toda a minha atenção a esse game, que recomendo àqueles que querem uma aventura grande e intensa!!!
Volto àquela velha pergunta: Quem está jogando? Gostaram? Se decepcionaram? A história é boa mesmo?
A Ninja Theory fez um excelente trabalho com os gráficos, o game traz cenários deslumbrantes, cheios de vida, muito bem acabados, embora encontre um defeito ou outro, um serrilhado, algumas texturas não finalizadas, mas apesar disso o show visual é implacável. Não dá pra perceber às vezes as mudanças entre CG’s e gráficos ingame. Os personagens também são muito bem acabados, cheios de estilo, até mesmo os inimigos, que apesar de até agora não serem muito diversos, também são bem acabados.
Mas, não adianta nada ter um supergráfico se a jogabilidade não é satisfatória, certo? Então vamos à ela, lol!!! É muito comum nos jogos Hack’n’slash termos uma jogabilidade que utiliza todos os botões do Joystick, com Enslaved não é diferente, mas não se preocupe se não tiver muita habilidade no controle, pois a jogabilidade do game não é complicada, principalmente nos combates. Monkey, o nosso protagonista, tem golpes alucinantes, mas que são facilmente aprendidos e executados utilizando os botões X e Y (Xbox 360) ou Quadrado e Triângulo (PS3). Também é possível se defender e atirar projéteis pelo bastão de Monkey, mas para isso é preciso recolher as munições espalhadas pela fase. É possível também definir algumas ordens para a sua protegida, a jovem e linda Trip. São quatro comandos diferentes: você pode pedir para ela correr, distrair os inimigos, realizar upgrades em suas armas e curar a sua vida, utilizando uma das vacinas que você também encontra espalhadas pela tela. A exploração também não exige muitos comandos, a maior parte é feita com os botões A e B (Xbox) e X e O (PS3). No menu de upgrades é possível fazer melhoramento nas armas, na vida e no escudo de Monkey, entre outras coisas. O único defeito que encontrei na jogabilidade é que às vezes, muito raramente, Monkey fica andando sem sair do lugar por um breve período, mas logo volta ao normal, lol!!!!! Ri muito da primeira vez que aconteceu, mas em uma batalha de chefe pode custar a sua vida!!!
A dublagem dos personagens está muito boa, as vozes coincidem bem com a características dos personagens, os sons dos combates e as músicas das fases também se encaixam muito bem à esse clima épico do game.
O interessante aqui é ver como essa obrigação vai deixando de existir conforme os dois vão se conhecendo melhor, me atrevo à dizer que até o final do game os dois estarão loucamente apaixonados um pelo outro, hehehehe!!!!!
No capítulo 1 estamos numa nave que está caindo. Monkey deve achar um jeito de escapar, conforme vai avançando as telas que são praticamente iguais, os elementos da jogabilidade vão, aos poucos, sendo inseridos. Além de salvar à si próprio, Monkey tenta avisar uma jovem senhorita para que parta do avião, mas ela não lhe dá muita atenção. Enfim ele encontra a jovem senhorita na pior circunstância possível. Depois disso um desastre acontece, encerrando o primeiro capítulo, lol!!!!
No capítulo 2 Monkey acorda com muita dor de cabeça e uma tiara esquisita na cabeça, ele conhece Trip e descobre que está aprisionado por essa tiara que o obriga à ajudar a moça, caso contrário ele morre. Aqui vemos mais alguns elementos da jogabilidade, principalmente da exploração e temos a primeira Boss Battle, muito legal!
No capítulo 3 é que Monkey e Trip iniciam de verdade a sua viagem, nada de muito novo apenas uma fase enorme para explorar com muitos tech orbs (que servem para upgrade) escondidos pelos cantos, fiquem atentos e sempre deem uma olhada na lista de upgrades para estar sempre preparado para os desafios!!!!
O capítulo quatro só joguei um pedaço, ele inicia com um grande guindaste, que é o objetivo no capítulo 3, Monkey sobe para mexer no guindaste e Trip, que deveria ficar escondida, sofre um ataque de um grande cão robô, que apareceu nos trailers e em várias imagens do jogo. Consegui salvá-la e agora nós dois estamos no meio de uma fuga, kkkkk!!!!
Finalizando: as conquistas/Troféis. Devem ser iguais no Xbox e no PS3, geralmente são. Eu estou com a versão de Xbox 360. Elas são bem distribuídas, tem uma para cada fase a algumas por fazer algumas coisas especiais no jogo, como por exemplo jogar um inimigo em uma mina no capítulo 2 e algumas secretas que com certeza mais difíceis de serem feitas.
Bem, é isso. Quem ainda estiver na dúvida não fique, Enslaved é um jogo que, para quem gosta desse estilo, é um prato cheio e vai divertir à todos com certeza, lol!!!!!!!!
E pra quem já está jogando…. Aonde estão? Estão gostando? Temos mais boss battles emocionantes? A primeira modéstia à parte foi muito fácil, hehehehe (Depois dos bosses de Resonance também, hehehehe)
Hoje acordei com saudades de Akira Kurosawa. Talvez muitos nem saibam de quem falo, mas Akira, em minha opinião, foi o mais genial cineasta já existente. Seus filmes eram obras de arte a pensar de forma densa e profunda a vida e toda complexidade e dramaticidade da alma humana.
Assim como ele, existiram vários nomes que faziam os chamados “filmes de diretor”, em que o cineasta imprimia uma marca, um estilo extremamente pessoal, aos seus filmes, tornando-as obras de arte inconfundíveis. Nomes como Fassbinder, Bunuel, Bergman, Fellini, Godard, em obras muitas vezes ácidas e amargas como Querelle ou As lágrimas Amargas de Petra Von Kant, às vezes belas, enfim… Muitas vezes saí do cinema com a sensação de ter levado um soco no estômago, atordoada e angustiada com a possibilidade existencial mostrada.
Então surgiu Hollywood que descobriu a fórmula certa e segura para arrastar multidões aos cinemas: estórias construídas em clichês, visual perfeito, efeitos especiais abundantes, um pouco de drama, comédia, romance e aventura e profundidade zero (para que Hommer não se perca), de forma a agradar a toda a família. Avatar é o exemplo mais bem acabado da fórmula.
E os filmes de diretor foram escasseando, com alguns sobreviventes cedendo em algo: ou na densidade da estória, ou em algum outro aspecto. Mesmo Almodóvar está mais leve e deglutível do que em seus filmes mais antigos.
Mas este processo não ocorreu apenas com o cinema. A complexidade da vida moderna transformou restaurantes em fast-foods, música erudita em pop, roupas únicas e feitas à mão por industriais feitas aos milhares, os panos evoluíram para misturas sintéticas mais amigáveis que o puro algodão, etc. Ao mesmo passo em que viver complicava, as coisas simplificavam, tornavam-se mais fáceis de consumir, de adquirir, de fazer.
Hoje tudo é pensado para facilitar a vida e economizar tempo, dinheiro e a energia dos seres humanos.
E o RPG ficaria de fora? O gênero que é a essência da profundidade e complexidade dos games? Que consome muito mais tempo e dinheiro para ser desenvolvido e que exige tanta dedicação dos jogadores? Quantas pessoas ainda podem e se dispõem a gastar 2 ou 3 meses em cima de um único jogo? Quantas ainda querem isto? Estamos sendo acostumados, doutrinados a apreciar o leve, o superficial, o fácil. Soa cada dia mais estranho algo complexo, profundo, difícil.
Em 2007 ainda tivemos bons títulos, mas de 2008 em diante os jogos começaram a escassear. Em compensação o gênero Aventura disparou em bons e até mesmo fenomenais títulos, como God of War. É a formula perfeita, tal como no cinema: efeitos especiais abundantes, muita adrenalina e rápido. Não é preciso comprometimento, pesquisa, dedicação e praticamente nenhum conhecimento prévio. Atende o jogador eventual, em busca de uma diversão fácil e ao fã oferece 1 título ao ano ou ano e meio.
O último bastião dos fãs, a franquia Final Fantasy, parece atraída pelo gênero.
Final Fantasy XIII é o jogo All-in-one, o Avatar da Square. O jogador descompromissado pode jogá-lo inteiro em aproximadamente 50 horas e para satisfazer os fãs mais exigentes, existe Pulse e as Missões.
A parte Aventura de FFXIII é visualmente arrebatadora, ritmo empolgante, estória bem acabada e leve, sistema de lutas simples com uma inteligência artificial poderosa que dispensa maiores conhecimentos e dificuldade baixa com bosses do enredo. Não é preciso ser nenhum grande jogador para zerar a estória.
Então vem Pulse para quem quiser continuar, em missões sem o menor contexto, chatas, com prêmios que seriam importantes durante a estória e não após. Só interessa mesmo aos caçadores de troféus e aos aficionados pela marca.
Do que comecei a jogar até agora vi vários jogadores, antigos fãs da franquia, desistirem de completar o Pós Game e eu mesma só continuo por teimosia. Vou matar Vercingetorix e ganhar o Gold Watch que não me serve para absolutamente nada. Fazer o quê?
O diretor de Final Fantasy já avisou que o próximo game seguirá o mesmo rumo, com mais aventura e menos exploração de mapas.
É o fim dos RPG?
Da forma como conhecíamos acredito que sim. É caro e de menos apelo popular que os demais gêneros, mas vejo que a Square procura um novo gênero, uma fusão entre Aventura e RPG. Se a parte RPG deste jogo foi insossa ao menos não foi completamente abandonada. Talvez melhorem no próximo ou talvez não. São experiências para algo novo, buscando a fórmula perfeita: o game que agrade a todos.
Só posso torcer para que encontrem e agradem também a nós, eternos apaixonados pela complexidade e profundidade, que não gostamos de coisas fáceis e buscamos os grandes desafios.