Eu, como pássaro, frente à um gigante e com uma lua tão próxima que parecia ser possível tocar. |
Todos conhecem casos de mulheres que conhecem outro homem (ou vice-versa) e por ele rompem relações sólidas, muitas vezes de décadas, abandonando posição social, separando a família, etc… E todos ficam com ódio mortal do novo afeto, responsável pela desgraçaiada toda. Será mesmo? Ou será que a relação já estava falida e só por isto houve espaço para a entrada de outra pessoa?
Final Fantasy e eu éramos assim como um casal, em uma relação de muitos anos e a quem amei muito e nunca pensei que um dia deixaria de amar. Mas aconteceu. Eu agora estou completa e perdidamente apaixonada por WoW. Não quero saber, não tenho mais o mínimo interesse por Final Fantasy.
Eu o traí? Não. Ele me traiu primeiro, quebrando minha confiança, minando lentamente minha fé, corroendo dia a dia meu amor. Tivemos longas DRs, ele prometeu, jurou, que iria mudar, que desta vez seria tudo diferente, que ele seria outra pessoa. Mesmo desgastada, magoada e ressentida, acreditei e dei-lhe outra chance. E não era verdade. Era mentira. Como em todas as outras vezes.
Então cansei. Deixei de acreditar, de esperar e até mesmo de sofrer por ele. O espaço que antes ocupava em meu coração ficou vazio, aberto para o primeiro que chegasse. E ele chegou.
Forte, vigoroso, imenso, criativo, sólido, diferente, ousado, enfim… Tudo o que o outro não era mais, tudo que era antes e que foi o que me cativou ao início e do que sentia falta.
É culpa do WoW? Não, realmente não é.
Agora, ele pede mais uma chance, a última. Enumera um por um argumentos que balançam apesar de minha pouca vontade. A família (vocês) diz. Como ficarão? ou então: experimente novamente, você pode se surpreender. E por aí vai.
Não sei. Meu instinto é de dizer não, virar as costas, subir na garupa da moto de WoW e sair pelo mundo, livre de ranços, de lembranças tristes, de chateações, apenas me maravilhando com toda a beleza deste novo universo que estou a descobrir.
Por outro lado, amor antigo, vocês, a gente tem um apego que às vezes é difícil cortar assim.
Então, é neste pé que estamos atualmente.
Estou pensando…
(Por isto também estive ausente nestes dias. À partir de amanhã voltarei a responder os comentários. Obrigada a todos que escreveram e desculpem.)