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Xenoblade Chronicles 3 – Análise Final – Sem Spoilers (André)

by A Itinerante 08/09/2022
Escrito por A Itinerante

Falar de Xenoblade Chronicles 3 não é tão fácil como eu pensei.

Tendo a proposta de dar uma conclusão para a saga dos mundos de Xenoblade 1 e 2, o jogo me surpreendeu em aspectos que eu não esperava e levou o destino da série para um caminho empolgante e misterioso. A seguir se encontra minha análise dos diferentes pontos positivos e negativos do jogo, enquanto tento colocar em palavras a incrível experiência que foi vivenciar essa jornada. Sem mais delongas, vamos lá!

História

Em Xenoblade 3 seguimos a saga dos seis protagonistas Noah, Eunie e Lanz (da nação de Keves) e Mio, Taion e Sena (da nação de Agnus) em sua busca pelas verdades do mundo em que vivem. Os 6 foram criados como soldados em um cenário de guerra, onde cada habitante vive apenas para lutar desde o momento em que nasce. Após os acontecimentos iniciais, os seis precisam se unir para buscar respostas que envolvem a própria origem da vida, nos levando em uma viagem lotada de momentos épicos e emocionantes.

As nações de Keves e Agnus compõe esse cenário de guerra, e cada um de seus cidadãos são criados como soldados que possuem como única motivação de vida derrotar integrantes da nação oposta. A recompensa por essas mortes é a possibilidade de absorver a energia vital desses soldados para alimentar uma máquina de guerra chamada “Flame Clock”, que por sua vez é a fonte de sustentação de vida e força dos soldados que a protegem.

A expectativa de vida desses soldados é de 10 anos, durante os quais eles possuem apenas dois possíveis destinos: Morrer em combate e servir como fonte de energia para a nação oposta ou, caso sobreviva durante os dez anos, retornar para casa e ser recebido por sua rainha como um herói. Nesse momento ele entrega sua vida para ela em um ritual conhecido como “Homecoming”.

O desenvolvimento da trama e dos personagens é muito bem feito durante a longa jornada. Tanto os 6 protagonistas como boa parte dos personagens não jogáveis possuem crescimento considerável ao longo da narrativa, fazendo ser fácil se apaixonar por eles e se sentir motivado para desvendar os mistérios por trás da estranha realidade onde eles vivem.

Como citei anteriormente, Xenoblade 3 fecha a trilogia concluindo a saga que Klaus iniciou nos dois primeiros jogos. Apesar de cada jogo possuir uma história quase que completamente independente, neste novo capítulo fica claro a necessidade de conhecer os detalhes da história dos jogos anteriores para montar o quebra cabeça final. Ao invés de segurar a mão do jogador e esclarecer seus mistérios de forma óbvia, o jogo dá as peças e deixa para que o player monte o quadro que faz com que a história se encaixe e faça sentido. Essa parte pode exigir certo esforço mas, quando tudo se conecta, encontramos um final satisfatório para a trilogia. Sem falar que as inúmeras referências a personagens e locais dos jogos anteriores vão deixar qualquer fá da série com o coração aquecido após sua conclusão.

Jogabilidade

A jogabilidade do jogo é uma culminação de elementos presentes nos títulos anteriores, onde a mistura desses elementos cria uma gameplay viciante e cheia de profundidade.

Combate

O combate é uma variação de um sistema em tempo real, onde os personagens executam automaticamente auto attacks quando entram nas lutas e o player executa ações especiais chamadas “Arts” na medida em que elas ficam disponíveis. A princípio é possível levar apenas 3 arts para o combate, mas com o passar do tempo 6 slots são liberados no total permitindo bastante dinamismo e customização do estilo do estilo de luta de cada personagem.

É possível também usar Fusion Arts, onde fundimos o efeito e o dano que seria causado por duas Arts em uma só, possibilitando a criação de combos criativos e que causam efeitos que não conseguiríamos causar normalmente.

Outra novidade são os chamados Ouroboros, que são formas gigantes que os personagens podem utilizar ao se fundir com sua dupla de combate. Essas formas são extremamente poderosas, tanto por não poderem morrer durante as lutas como pelo fato de possuírem Arts potencializadas que podem mudar o rumo mesmo das lutas mais difíceis. 

A quantidade de elementos presentes aqui é gigantesca, como vocês podem ver em nosso guia do sistema de combate, então não irei citar todos aqui. Basta dizer que a medida em que vamos avançando pela história e novas funcionalidades de combate vão sendo desbloqueadas, mais prazeroso e viciante as lutas se tornam.

Por último é importante citar também os Chain Attacks, que são poderosas sequências de habilidades que podem ser utilizadas quando enchemos um medidor especial. Apesar de serem tradição na série, a forma evoluída do Chain Attack presente aqui é prazerosa e estratégica, permitindo causar grandes estragos no HP dos inimigos quando usado corretamente.

Entender como e quando cada um desses elementos de combate se encaixam pode demorar um tempo, mas uma vez que cada um desses sistemas é compreendido as lutas se tornam extremamente divertidas. Esse é, sem sombras de dúvidas, um dos melhores e mais completos sistemas de combate que já experimentei em um jogo do gênero.

Interface

A interface do jogo talvez seja um dos seus principais defeitos. Não tanto pelos elementos presentes, mas pela falta de praticidade e de alguns elementos que fariam total diferença caso estivessem presentes.

Boa parte da customização dos personagens irá envolver o craft de gemas e buscar os acessórios ideais para aquela classe. Por por esse motivo, a falta de um bestiário e uma forma eficaz de saber onde e como obter os itens chega a ser um crime.

Por várias vezes eu gostaria de pausar meu avanço no jogo e maximizar os equipamentos e gemas dos personagens (pelo menos até onde fosse possível até aquele momento) mas sempre decidia improvisar e seguir com o que tinha por causa da inconveniência que existe sempre que precisamos de um item em específico. Até o presente momento nem mesmo os guias online conseguem ajudar de forma eficiente na busca por alguns itens, principalmente por causa da gigantesca quantidade de coletáveis, possíveis mapas, ciclo de dia e noite (que influencia nos itens disponíveis no mapa) e monstros disponíveis no jogo.

O que posso deixar de dica aqui é pegar todos os pontos brilhantes enquanto avança pelos mapas e tentar lutar bastante, para aumentar as chances de que, ao precisar de um item, você já o tenha no inventário e não precise pesquisar para encontrá-lo. É triste, mas é a realidade.

O mapa de navegação do jogo também deixa a desejar, sendo necessário passar por alguns menus que não são nada práticos e ainda assim não enxergar com clareza alguns elementos necessários. Somando a isso a grande quantidade de vezes que precisaremos teletransportar de um ponto a outro, é fácil começar a ficar irritado com o mapa com o passar do tempo.

Customização, Sistema de Classes e Heroes

A customização dos personagens começa de forma simples, mas ao avançar no game novas possibilidades são desbloqueadas e permitem uma grande gama de customização.

Na parte de equipamentos temos apenas 2 elementos, que são os acessórios e as gemas:
– Cada personagem começa com 1 slot de acessório disponível e mais 2 são desbloqueados ao evoluir o personagem. Os acessórios podem ser adquiridos em vendedores nas cidades, dropados em baús ou dos inimigos em combate.
– As gemas podem ser criadas nos acampamentos desde que você tenha os reagentes necessários para criá-las. Como os acessórios, cada personagem começa com 1 slot disponível e desbloqueia mais 2 ao subir o nível.

Em relação as classes, elas determinam a função (entre atacar, curar e defender) e as habilidades que o personagem irá utilizar em combate. Cada classe possui um tipo de arma e visual específico, assim como 4 skills passivas, 2 habilidades especiais e 5 arts de combate disponíveis para serem escolhidas.

Cada classe precisa ser upada individualmente em cada personagem, começando no level 1 e indo até o level 10. A partir do capítulo 5 são desbloqueadas as chamadas “Quests de ascensão”, que quebram esse limite e permitem upar cada classe para o level 20, liberando novas skills e permitindo que os personagens fiquem ainda mais fortes.

Esse sistema mistura alguns elementos dos Blades de Xenoblade 2 com o sistema de classes de Xenoblade X, resultando numa incrível variedade de estilos de combate que estão muito bem balanceados entre si. Apesar de algumas classes acabarem se destacando em suas funções (principalmente nas atividades mais difíceis do pós game), ainda é possível jogar com qualquer uma delas desde que o player invista tempo para fortalecer e equipar corretamente.

O último elemento ligado ao sistema de classes é o sistema de Heroes. Através desse sistema, novos personagens podem ser recrutados para ocupar o sétimo slot da party e cada um desses personagens irá trazer uma classe nova que será desbloqueada para uso do restante do grupo também. É sem dúvidas uma das melhores adições do jogo e fazia com que eu ficasse empolgado sempre que via um personagem interessante e queria descobrir se ele entraria para o grupo ou não.

Exploração, ambientação e trilha sonora

A exploração é incentivada através de mapas abertos e com uma grande variedade de elementos de aventura, como coletáveis, baús, segredos e inimigos opcionais que dão itens raros e desbloqueiam novos pontos de teletransporte ao serem derrotados.

O design dos mapas segue o padrão de alta qualidade da série, mas eles tinham espaço para mapas mais únicos e criativos ao longo do jogo. Apesar da beleza visual presente na maior parte dos cenários, lembro de me surpreender bastante com o design de alguns mapas de Xenoblade 1 e X, o que não foi o caso aqui. Ainda assim, explorar e descobrir as surpresas de cada cantinho do mundo do jogo continua sendo uma das principais motivações enquanto jogamos, então ponto positivo pra eles.

Não posso deixar de citar também o quanto foi útil a adição do guia de navegação que eles haviam usado anteriormente em Xenoblade X. Poder enxergar o caminho para o objetivo nos mapas cheios de verticalidade ajudou muito, considerando o tamanho absurdo de algumas regiões e o design “labiríntico” de algumas delas. Mudanças assim podem parecer pequenas, mas transformam momentos que poderiam ser cansativos e tediosos de forma fluida e natural.

Outro ponto positivo é a quantidade de fast travels que desbloqueamos na medida em que exploramos. Mapas grandes como os que temos aqui precisam ser fáceis e rápidos para serem revisitados e de fato são, especialmente agora que os Named Monster também se tornam ponto de teletransporte quando são derrotados.

Trilha Sonora

Assim como os jogos anteriores, a trilha sonora ajuda a acrescentar um elemento de espetáculo ao jogo. Durante o combate temos sempre músicas empolgantes que embalam bem as lutas. Ao explorar, temos músicas relaxantes (principalmente a noite) acrescentando uma excelente ambientação a beleza natural dos mapas.

E durante as cenas vemos a trilha sonora brilhar ainda mais, entrando sempre em momentos certos com músicas marcantes, orquestras épicas e acrescentando muita emoção durante as principais cutscenes do jogo. Sem dúvida o tipo de trilha sonora que será acrescentada na playlist dos fãs do estilo.

Duração, pós game e Volume de Conteúdo

Não dá pra encerrar essa análise sem falar do volume incrível de conteúdo que existe em Xenoblade Chronicles 3.

A começar pela sua história que só de cutscenes possui quase 14 horas. Juntando com a gameplay principal ouso dizer que é praticamente impossível zerar pela primeira vez com menos de 70 horas, a não ser que você pule todas as cenas e corra pelo conteúdo. Se acrescentarmos aí as mais de 100 side quests (chega a cansar em alguns momentos), monstros opcionais e tempo gasto explorando se tornam facilmente 120 horas+ antes de sequer pisar na dungeon final do jogo.

E a diversão não para ao zerar, já que o pós game ainda inclui novos herois para serem recrutados, super bosses e todo o trabalho de maximizar as classes, gemas e o level dos personagens, podendo acrescentar mais algumas dezenas de horas para quem quiser desbravar o conteúdo avançado do jogo.

É MUITA coisa. E ainda temos algumas DLCs planejadas, incluindo novos heróis, um modo desafio e uma expansão com novos elementos de história.

Considerações finais

Xenoblade Chronicles 3 é algo que tem sido raro nos dias de hoje: Uma experiência completa.

Encontrar um JRPG que seja competente em História, Gameplay, Conteúdo Side, Duração e etc tem sido cada vez mais difícil, especialmente numa época em que os jogos estão sendo simplificados em prol de agradar um número maior de jogadores. Indo na contra mão dessa simplificação exagerada, Xenoblade se mantém firme, quase sobrecarregando o player em alguns aspectos e trazendo de volta aquela sensação de maravilhado que a gente não sente com frequência hoje em dia.

Pontos positivos:

  • História longa, complexa e envolvente
  • Sistema de combate divertido, com bastante profundidade e espaço para customização
  • Incrível volume de conteúdo opcional, que vai satisfazer até os mais dispostos a colocar centenas de horas dentro do jogo

Pontos negativos:

  • A quantidade de side quests começa a ficar cansativa nos capítulos finais, especialmente se você for daqueles que gosta de completar 100% do jogo.
  • Alguns elementos de Interface são confusos e a falta de um bestiário e de formas de encontrar os itens causa dificuldades desagradáveis que poderiam ser evitadas.
  • Se você não está com detalhes da história de Xenoblade 1 e 2 frescos na mente, poderá ficar perdido nos momentos finais da história.
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(FF XV) Primeiras impressões oficiais + gameplay

by A Itinerante 07/12/2016
Escrito por A Itinerante

Por BrunOliveira

Fala aí galera,
Bom, conforme havia prometido no meu último post, faço esse post para trazer as minhas primeiras impressões gerais sobre o jogo, sem sombra de dúvidas, mais comentado do momento: FINAL FANTASY XV! A Squenix deve estar mais do que satisfeita com o recebimento do título pela comunidade já que, em apenas dois dias após o lançamento, o game contabilizou mais de 5 milhões de cópias vendidas, isso mesmo senhoras e senhores, 5 FUCKING MILHÕES DE CÓPIAS!!! É um sucesso enorme para a série, visto o lançamento dos últimos títulos que foram bem controversos e a incerteza dos fãs, que já não conseguiam entender muito bem os rumos que a série estava tomando, para muitos era o fim de Final Fantasy e, de uma certa forma, foi mesmo, Final Fantasy XV é, de muitas maneiras muito próximo e de muitas outras maneiras infinitamente distante do modelo de Final Fantasy que nós, fãs mas antigos da série, estamos acostumados.
O meu objetivo nesse post é responder à seguinte pergunta: Final Fantasy XV vale ou não à pena? Vou dividir o post em alguns pontos que acho mais relevantes para o entendimento do universo do jogo.

OBS.: O gameplay está no final da matéria e, é sempre bom avisar, o texto pode conter spoilers leves sobre o enredo.

FICHA TÉCNICA
Nome: Final Fantasy XV
Lançamento: 29 de Novembro de 2016
Produtora: Square Enix
Idiomas (áudio): Inglês, Japonês, Frances e Alemão (Versão BR)
Idiomas (legendas): Português e Inglês (Versão BR)
Plataformas: PS4 e Xbox One

GRÁFICOS

As cenas em CGI, marca registrada da série também estão presentes no novo título

A série é conhecida no geral por sua incomparável qualidade gráfica, geralmente à frente de seu tempo e com Final Fantasy XV não é diferente. Esses três meses à mais de polimento deixaram o jogo, que já estava bonito nas demos, ainda mais bonito. As paisagens são de tirar o fôlego, me pego em alguns momentos parando pra completar alguns lugares fantásticos, muitas vezes você sente como se estivesse lá, sentindo o vento no rosto, vendo as feras correndo pelas planícies, ainda mais se você estiver jogando de fones de ouvido e direcionar o áudio do jogo diretamente para eles, a imersão é incrível, indescritível quase. Tem um acampamento no alto de uma montanha que, sem dúvidas é um dos meus lugares preferidos no game e a praia de Galdin também é um cenário lindo, o acampamento na beira da praia faz a gente querer estar lá, tocar um violão e bater papo com os caras, hehe…

Em alguns momentos senti algumas leves quedas de frame e temos uns bugs meio estranhos no jogo, o Ignis por vezes fica em pé em cima do chocobo, ainda não liberei os bichinhos, mas já li alguns comentários à respeito, o Noctis às vezes corre como se as costas estivessem quebradas, num ângulo estranhíssimo, hahah… Mas nada que, para mim, prejudique a experiência no jogo ou que não me permita apreciar o belo trabalho de direção de arte da Squenix.
Ainda estou no capítulo 1, não sei o que mais de bom, ou de ruim, posso encontrar ao longo da jornada, mas por enquanto, visualmente o game está me agradando bastante.

TRILHA SONORA

Aqui também vale a dica de jogar com os fones de ouvido, as composições estão belíssimas e acho interessante notar o cuidado da produção nos detalhes, por exemplo, quando você está em Hammerhead a música de fundo muda dependendo de onde você está, vou explicar: Se você está na parte de fora, nos arredores do posto e da oficina a música está mais leve, sem instrumentos pesados, só a harmonia, quando você entra no restaurante a base da música permanece a mesma, mas são adicionados também sons de instrumentos mais pesados, como a bateria. Achei isso incrível e fiquei igual bobo saindo e entrando diversas vezes do restaurante para testar essa passagem de um som para o outro. 
As lutas sempre são embaladas por ótimas trilhas sonoras!

No geral, até agora, as trilhas combinam bem com os momentos em que estão presentes, achei interessante também o uso da ausência de trilhas em alguns momentos, como quando estamos andando nas planícies, dá a impressão de algo ainda mais real, só o barulho do sapato deles na terra e o som das vozes (porque esses caras falam mais que a nega do leite), uma dinâmica muito bem explorada. O tema das batalhas, dos menus e dos acampamentos também são incríveis e o tema dos chefes, NOOOSSSAAA, é de arrepiar, chega dá um frio na espinha só de ouvir, hehe… Ainda não derrotei nenhum chefe da história, mas encontrei um opcional que fez essa música ressoar minutos antes de eu sair correndo (porque não ia conseguir fazer nem cócegas no monstrengo).

Fora isso, os efeitos das armas, golpes e demais efeitos sonoros também estão ótimos e a dublagem em inglês, que é a que estou utilizando, também está excelente, as vozes combinam muito bem com cada um dos personagens apresentados até então, aumentando ainda mais a sensação de verdade e imersão do jogo.
Uma coisa digna de nota também são os CD’s que podemos comprar para ouvir à bordo do Regalia, vão desde temas clássicos de Final Fantasy’s antigos até a trilha sonora do filme Kingsglaive e músicas diversas que foram usadas durante a divulgação do jogo. Sensacional esse poder de controlar o que você ouve no carro e as trilhas são lindas (estou ouvindo Kingsglaive no momento, hehe)

HISTÓRIA

Bom, se eu disser que posso falar com propriedade sobre esse tópico estaria mentindo, como disse acima, ainda estou no meio do capítulo 1 e podemos dizer que pouquíssimo da história foi abordado até aqui. O começo do jogo foi leve, apenas com uma cena da partida de Noctis de Insomnia e a última conversa que teve com o pai antes de partir. Pra quem já assistiu ao filme Kingsglaive já está um pouco mais por dentro do enredo e sabe que a guerra está prestes à pipocar e que a chapa vai esquentar logo. De importante nessa primeira parte do capítulo um temos a introdução de Cindy e Cid, os mecânicos responsáveis pela manutenção do Regalia e o desenvolvimento do relacionamento entre os quatro protagonistas: Noctis, Gladiolus, Ignis e Prompto. Chegando à Baía tivemos também a introdução do personagem Ardyn, velho conhecido do filme Kingsglaive e do repórter Dino, que oferece ajuda à Noctis em troca de um favor. Até agora o enredo possuí muitas promessas, mas nada muito substancial ainda, então vou deixar pra falar melhor sobre ele na minha Review definitiva após terminar o game, o que ainda deve demorar alguns bons meses, hehe…

JOGABILIDADE

Aqui sem dúvida é onde temos as maiores mudanças no jogo, se comparado à outros títulos da série. A jogabilidade é tão rica e tão complexa que eu vou dividir essa parte em três sub-tópicos: EXPLORAÇÃO, COMBATE E EVOLUÇÃO.

– Exploração

A exploração é um dos pontos chaves nessa primeira parte do jogo (ouvi jogadores dizendo que a segunda metade do jogo é mais linear). O mapa é enorme e você vai encontrar diversas coisas para fazer: recolher itens, ingredientes, acessórios, tesouros, aceitar sidequests, fazer caçadas, encontrar e utilizar acampamentos, pontos de estacionamento, enfim, acredite que dá pra gastar MUITO tempo vagando pelo mapa fazendo essas coisas sem seguir a quest principal e não é cansativo fazer tudo isso, ainda mais no começo do jogo, onde você quer mesmo aprender a jogabilidade e tal, é um prato cheio ter tudo isso pra fazer, aliás, isso foi uma das coisas que tenho gostado muito desse começo, o início mais tranquilo, focado mais em jogabilidade do que em história, penso que quando mergulhar na história de vez vai ser pauleira e vou querer curtir também cada momento disso e estar preparado para os desafios, hehe…

– Combate

Se prepare para batalhas épicas!!!

O combate em tempo real assusta muito no começo do jogo, principalmente ao jogador mais acostumado a jogar JRPG’s mais lentos e estratégicos, mas ainda assim é um deleite para os olhos ver as lutas fluindo tão rápido e com a incrível movimentação dos personagens, o combate, pelo menos para mim, é sem dúvida um dos pontos altos do jogo e um show visual. E para aqueles que ainda assim preferem algo mais tranquilo temos o modo estratégico, que permite pausar o tempo e pensar um pouco sobre a próxima ação à tomar, usar a libra e descobrir os pontos fracos do inimigo enquanto que no modo dinâmico (padrão), você tem que ficar atento aos controles para defender na hora certa, aparar e desviar ataques, encaixar golpes e magias nos pontos fracos e nos momentos certos, porque, acreditem, existe fogo amigo no game e as magias, principalmente, são um perigo se lançadas perto dos integrantes da party.

Noctis possui quatro slots de armas que podem ser preenchidos por qualquer tipo de arma ou magia disponível no jogo e essas podem ser trocadas e utilizadas em qualquer momento do combate, é possível inclusive, começar um combo com um tipo de arma, encaixar outra no meio e terminar com uma finalização com magia, embora não seja tão fácil assim encaixar muitos golpes sem ter que defender ou aparar algum golpe, mas com um pouco de treino e timing, tudo se resolve.

Cuidado com o fogo amigo!!!

Os outros membros da party são controlados pela I.A, mas você pode personalizar os equipamentos. Cada um deles pode usar dois tipos de armas e magia, além de uma técnica única que pode ser acionada pelo jogador durante a batalha, novas técnicas são liberadas pelo menu Ascensão, que vou detalhar abaixo na parte de Evolução. Em determinados momentos eles usam golpes em conjunto com Noctis, chamados de Elos Sorrateiros que aumentam também o dano infligido nos inimigos.

Cada um deles à princípio pode utilizar apenas um acessório, mas novos slots de acessórios podem ser liberados também no menu Ascensão, nada muito novo aqui, certo? (Alô, Crystarium?!)

Uma outra dica interessante que recebi do meu amigo Andrey foi mudar o modo de controle de combate para o tipo B, eu achei mais interessante esse modo e estou utilizando ele ao invés do tipo A (padrão). Fica aí a dica e vale o teste!

– Evolução

A evolução dos personagens acontece de duas formas principais:

A primeira é através do acúmulo de experiência adquirida em batalha, ou por terminar quests ou realizar eventos da história principal, ou sidequests/tours propostos pelos membros da party,. Essa experiência depois é convertida em leveis que, conforme são alcançados, melhoram os atributos básicos dos personagens (PV ou  HP, PM ou MP, força, vigor, inteligência, sorte, etc). A grande diferença é que essa experiência em Final Fantasy XV só é “contabilizada” para os personagens quando estes param para descansar em acampamentos, trailers ou hotéis. Em acampamentos temos também a vantagem da culinária do Ignis que sempre dá alguma melhora de Status para a party e ainda,quando a comida é a preferida de um personagem, trás um outro benefício que ainda vai perdurar ao longo do dia seguinte. Em hotéis e trailers temos a vantagem dos multiplicadores de XP, isso varia de acordo com o lugar e vi que tem lugares que podem até mesmo triplicar a XP acumulada, por isso uma boa gestão de onde descansar é essencial para agilizar o ganho de níveis.

A segunda forma principal de evolução é o menu Ascenção, que nada mais é do que uma mistura de Sphere Grid (FFX) com Crystarium (FFXIII/FFXIII-2), um grade tabuleiro dividido em oito áreas: Magia, Recuperação, Técnicas, Combate, Trabalho em Equipe, Atributos, Exploração e Modo Estratégico. Cada tabuleiro é composto de nodos que podem ser ativados à custo de PA (Pontos de Ascensão) que são adquiridos das mais variadas maneiras ao longo do jogo: Acampando, comendo, realizando caçadas, tours, etc., é possível liberar nodos que aumentam o ganho de PA e possibilitam que estes sejam adquiridos também em outras atividades, como viajar de carro ou de chocobo, derrotando inimigos, etc (recomendo que já ative esses nodos logo no começo pra ganhar PA ainda mais rápido). É no menu Ascensão também que adquirimos mais espaços para acessórios e expandimos as técnicas dos protagonistas e o suporte que eles dão um para o outro durante o combate. Esse assunto é bem complexo e rende assunto para um outro post, mas basicamente é isso.

Pose pra foto! Hehehe…

Outro ponto que não posso deixar de comentar sobre a evolução são as habilidades únicas de cada um dos personagens que são bem interessantes ao longo do Game: Noctis pode pescar em pontos específicos da costa, Ignis cozinha nos acampamentos, Gladiolus tem a habilidade de sobrevivência que permite achar itens pelo cenário ou conseguí-los após as batalhas e Prompto tira foto dos melhores momentos da aventura… Ah, as fotos!!! Sem dúvida esse é um dos pontos altos do jogo, principalmente para essa geração redes sociais, hahaha… Eu confesso que sucumbi à brincadeira e direto estou mandando os melhores cliques para a minha timeline no Facebook (como esse aí do lado, hehe…). Conforme eles “praticam” as suas habilidades essas também sobem de nível e vão ficando ainda mais interessantes. Prompto adiciona filtros nas fotos, Ignis aprende novas receitas, Gladiolus acha itens melhores e Noctis consegue pegar peixes mais raros.

Sem dúvida tem muito de Final Fantasy nessa jogabilidade, apresentado de forma inteiramente nova, mas com certeza, divertida da mesma forma que nos anteriores.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Com certeza Final Fantasy XV vale muito à pena e merece sim todo o reconhecimento e acolhimento que tem recebido da comunidade esses dias. É até então um genuíno game da franquia que, sem sombra de dúvidas, tem tudo para conquistar o seu lugar entre os grandes títulos da série. O mundo pulsa de vida, estava comentando isso com a Neiva outro dia, tudo funciona muito bem e dá pra sentir o carinho da equipe pelo jogo em cada detalhe e o cuidado que tiveram com as opiniões dos fãs ao longo desses 10 anos de desenvolvimento. O combate empolgante, as inúmeras sidequests, caçadas e exploração vão agradar os fãs mais antigos da franquia e conquistar os mais novos. É uma nova era para a franquia Final Fantasy e eu me sinto privilegiado poder fazer parte disso. Vou seguir com a jogatina e, quando terminar trago a Review definitiva, espero que seja para confirmar tudo que eu disse aqui e não para me retratar, hehe… E enquanto isso acompanhem as nossas aventuras, da Neiva, do André e a minha também!

NOTA DE PRIMEIRAS IMPRESSÕES: 9/10
(Esse 1 é o pontinho da incerteza,que espero dar na minha review final sobre o game)


Como prometido, fiz as minhas primeiras impressões também em vídeo, que trago em primeira mão para vocês. A voz não é das melhores, mas acredito que seja empolgante de assistir e ver no game algumas das coisas que eu escrevi aqui, por mais que o vídeo tenha ficado um pouco grande (cerca de 40 minutos). Se vocês curtirem o vídeo e puderem fazer a gentileza de se inscrever no meu canal ficarei muito feliz, e prometo trazer mais vídeos, comentados ou não, ao longo da jogatina. não deixem de comentar e me mandar a opinião de vocês, pretendo responder todos os comentários o mais breve possível e participem também do nosso grupo no Whatsapp, a conversa está boa por lá!

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