O que é um bom rpg?
É um jogo que voce abre para dar uma olhadinha e ver qual é e te pega pelo colarinho, te gruda no console e não te solta até o final?
Ou será um game em que você começa em uma grutinha, saí, descobre um mundo que explora à vontade, descobrindo cavernas, cidades, lugares escondidos, vilas de gnomos ou de fadas ou de chocobos e quando pensa que já desvendou o mundo inteiro, descobre que viu apenas a pontinha de um imenso iceberg e vai para um outro mundo muito maior e inteiramente novo?
Ou é ter 20 classes diferentes de jobs e poder intercambiar livremente entre eles sem prejuizo de seu level, passando por cavalheiros, magos, geomancers, arqueiros, sumoners, ladrões e outros?
Também pode ser um jogo em que você se locomove a pé, de barquinho, de navio, helicóptero, nave, chocobos e que pode ter que ficar pequenino para entrar em lugares escondidos ou virar sapo para explorar ambientes aquáticos?
Ou por ser grafica e visualmente bonito, com trilha sonora impecável?
Ah, são as armas?
Como, por exemplo, a espada que estou usando no Warrior, que absorve vida a cada damage e que não precisei esperar o final do jogo para ganhar? Ou o Bow do arqueiro que dá trocentos golpes seguidos em TODOS os inimigos? Ou é ter tantas armas à disposição que você não sabe qual a melhor?
Pode ser que queira analisar pelos inimigos. Pela quantidade, diversidade e dificuldade. Já enfrentei gnomos, ursos, sereias, dragões de terra e de mar, guerreiros, magos e tantos e tão diferentes que sinceramente não recordo todos.
Ou os cenários, cada um mais original e diferente que o outro? Nada de monotonia? Sai de uma caverna e cai em um castelo de ouro? Da vilazinha minúscula dos gnomos ou o recanto das fadinhas para a cidades dos sábios, ou montanhas ou mares ou desertos?
Acho que definitivamente um jogo feito à mais de 20 anos que continua atual só pode ser definido como um grande RPG.
Sim, isto mesmo que leu. Final Fantasy III original para NES, naqueles cartuchões, saiu no Japão em 1990!!! O remake para DS americanizado saiu em 2006 e é totalmente atual, não devendo nada para as versões mais recentes.
Aliás, melhor dizendo, dando um banho nas versões mais recentes, especificamente na XIII.
Se você não tinha entendido ainda por que a série Final Fantasy salvou a Square da falência, entenderá com este jogo. São pequenos e infinitos detalhes que compõe um todo acima de qualquer crítica.
Agora, me conta: como é que a Square fez jogaços como este e vários posteriores e depois regride com um XIII engessado daquele?
A esperança que surge com esta ausência na E3 é que a enchurrada de críticas que XIII recebeu tenha dado uma sacudida na gigante adormecida e que tenha começado a refazer Versus, voltando às origens.
Se a Square Enix perdeu a memória, esqueceu a receita, basta dar uma olhadinha em Final Fantasy III. Tá tudo guardado dentro deste jRPG sensacional!!!