1° ano:

Após assumir o trono e ser coroada Rainha de Etera, começa a conhecer os Elementais, visitando-os ou sendo visitada por eles, inteirando-se de seus problemas, forma de vida e necessidades. Descobre que cada grupo tem ressentimentos com os outros, mas principalmente com Gnomos e Elfos. Os primeiros são alvos de preconceito e tentativa de escravização e os segundos acusados de privilégios acima dos demais. Existem também rixas por áreas de terra maiores, em que um grupo acusa o outro de ter apropriado de área do outro. Percebe que os pequenos seres são tão ou mais humanos do que os próprios humanos, com seus defeitos e qualidades amplificados. Ela tenta resolver alguns destes conflitos, mas acaba por perceber que quando mais interfere, pior fica e desespera-se. Ao final do primeiro ano, sua autoestima é baixa e considera-se um fracasso como rainha.

Maise ainda chora todas as noites com saudades de Adriel. Embora sinta que ele está vivo, não sabe onde está ou porque não a procura. Em algumas noites sonha que ele a chama e deseja sair de Etera e partir em sua busca, mas Tana e Elros acham que se ele estivesse realmente vivo iria a Etera em sua busca e que os sonhos são frutos de sua saudade, apenas. Envolvida com todas as questões internas do Reino, ela vai ficando e adiando o retorno.

Começa seu treinamento como Elemental tendo aulas para criar asas, mudar forma e tamanho, usar seus poderes e aprender encantamentos. É um fracasso em todas as disciplinas. Simplesmente não consegue evoluir em nada e questiona mesmo se algum dia conseguirá realizar até mesmo o mais simples encantamento. Seus professores não entendem o motivo da falta de evolução, uma vez que o potencial é visível para todos. Frustrada e aborrecida, acaba por desistir das aulas, permanecendo apenas como humana.

2° ano:

Aos poucos o choro foi silenciando, embora a dor e as saudades ainda sejam fortes. Uma noite ela não chora e quando Elros chega e a vê comendo sem chorar, convida-a para tomar o café à varanda e conversam um pouco sobre assuntos leves. Depois deste dia, tornou-se um ritual encerrar as noites desta forma e uma agradável cumplicidade estabelece-se entre ambos. Ainda que em algumas noites ela tenha recaídas e chore, os espaços vão se alargando.

Trocam idéias sobre Etera, Maise conta sobre a forma de vida do mundo exterior e de coisas que Elros sequer imagina existir como lugares, acontecimentos, tecnologia e principalmente formas de governo. Ele tem muito interesse em política e aos poucos a idéia de transformar Etera em uma democracia vai instalando-se em suas conversas. Maise gostaria de modernizar o reino em muitos aspectos e aquele parecia ser o ponto inicial e principal, uma vez que ela não tem filhos para que sejam seus herdeiros e não pensa em casar-se novamente.

Conversam também sobre Adriel e os sonhos de Maise. Ela se convence de que são apenas fruto de seu inconsciente e das saudades que sente. Aos poucos a lembrança não a machuca mais e consegue lembrar-se dele apenas com carinho, sentindo alegria por ter vivido aquele amor e acalentando-o em seu coração.

Em uma noite são surpreendidos por um ataque dos Elfos Negros que conseguiram entrar em Etera através de um portal negro mágico. Elros defende-a, mas são muitos e ela é raptada em meio à luta. Apesar da desconfiança de muitos de que Elros tivesse participado do rapto por ser o único a presenciar a invasão, os Elementais unem-se e conseguem resgatar Maise, com a ajuda desta que consegue utilizar seus poderes novamente, explodindo Nigro.

3° ano:

O Povo Encantado acusa Elros de ser aliado dos Elfos Negros e sua situação como segundo em comando é questionada. Um julgamento é realizado e ele é absolvido pelo conselho dos anciões por falta de provas, embora a desconfiança permaneça.
Maise é leal a Elros, mas a situação piora e preocupada com o clima de animosidade e com possíveis novas invasões, decide fortalecer Etera. Todos iniciam aprendizados voltados à defesa e à luta, armas são fabricadas e encantamentos desenvolvidos. Unidos em um objetivo comum a situação fica um pouco mais estável, embora os conflitos entre grupos permaneçam.

Ela retoma as aulas e desta vez com grande resultado. Em pouco tempo já é capaz de voar, transportar-se, ficar invisível, crescer, diminuir, assumir outra aparência, invocar encantamentos e principalmente a projetar seus sentimentos em uma área cada vez maior.

Os sonhos com Adriel tornam-se constantes e cada vez mais intensos. Maise quer sair de Etera, mas não pode deixar o reino neste momento. Decide convocar eleições e estabelecer um novo governante eleito por todos. Um pleito rejeita sua decisão. Não querem que deixe de ser Rainha, mas acabam por aceitar a idéia de uma Monarquia Parlamentarista. Maise continuará a ser Rainha, mas um Primeiro Ministro será eleito.

4° ano:

Eleições são marcadas para dali a alguns meses. Elros representa os elfos e Gnom Knur os Gnomos e os demais grupos lançam seu candidato. Começam as campanhas e os conchavos. Grupos unem-se para enfrentar a maioria dos dois grupos principais formados pelos elfos e gnomos.

Mais uma vez vêm à tona as acusações a Elros, que é o favorito. Ele não tem como provar sua inocência e Maise não sabe como ajudar o amigo.

Uma noite conversam e ela está entristecida pelas dúvidas sobre o caráter do amigo. Gostaria de deixá-lo no governo quando sair de Etera em busca de Adriel. Ele diz que seus sonhos continuam porque ela não se envolveu com outro e declara-se apaixonado. Implora por uma chance e pede-lhe que case-se com ele, pelo bem de Etera e pelo seu.

Maise aceita e o casamento é marcado para logo após as eleições. Os sonhos com Adriel são cada vez mais intensos e perturbam-lhe muito. Ela tem esperança de que parem com o casamento e assim alcance alguma paz. Acha que poderá amar Elros com o passar do tempo e lembrar-se de Adriel apenas como uma lembrança bonita.

A poucos dias da eleição, um grupo formado por vários pequenos grupos une-se a Eileen, com quem entram em contato através de um encantamento mágico. Trazem-na para Etera, acreditando que deporá contra Elros, mas ela quer apenas matar Maise e só não consegue por Elros e Gnom que intercedem no momento em que está com um punhal a centímetros da garganta de Maise.

Derrotada, ela confessa a inocência de Elros e o assassinato dos pais de Maise antes de desaparecer em um portal criado por Ytzar.

O povo clama por Elros e Gnom e os dois unem suas campanhas, decidindo trabalhar juntos no novo governo. Elros promete aos gnomos que se for eleito, acabará com os preconceitos e que gnomos e fadas terão sempre os mesmos direitos. Apoiado por elfos e gnomos, é eleito Primeiro Ministro com votação esmagadora. Niis está radiante de felicidade.

Uma grande festa é marcada para a posse de Elros como Primeiro Ministro e de Gnom como seu vice. O casamento será um dia após.

Texto registrado no Literar.

Imagem daqui.

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