81
Análise de Bruno Silva de Oliveira
Areias que permitem voltar no tempo, habilidade de congelar a água para usá-la ao seu favor, lutas contra incontáveis soldados de areia, possibilidade de escalar e correr pelas paredes… Isto e muito mais te espera no novo game da série Prince of Persia!
Ficha Técnica
Gênero:
|
Ação/Aventura |
Nº de Jogadores:
|
01 |
Produtora:
|
Ubisoft |
Nota:
|
9 |
A franquia Prince of Persia já é muito conhecida no mundo dos games. A franquia é famosa por sua jogabilidade, que permite usar o ambiente ao redor, escalar e correr por paredes e principalmente dá ao jogador o controle sobre o tempo (em outros games dessa série já vimos o poder de retornar ao passado), paralisar o tempo, movimentar na velocidade da luz, entre outros. Também contribui para o sucesso da série a sua história, baseada no reino persa e nas areias que controlam o tempo. Outro ponto crucial é o protagonista da série, o Principe desse reino, um formidável guerreiro que se mete em várias encrencas por causa dessas areias, que são cobiçadas por toda a sorte de vilões.
Bom, como um jogo que já é muito bom e muito conhecido pode trazer algo de novo e melhor?
A resposta veio no novo título da série, no jogo Prince of Persia: The forgotten sands. O jogo ressuscitou a franquia de uma forma ao mesmo tempo inovadora e tradicional, mantendo muito do que já havia em jogos anteriores da série, tudo isso muito bem balanceado. Ficou confuso?!? Vou explicar.
A história desse novo episódio transcorre antes da trilogia lançada no Play Station 2 (The sands of Time, Warrior Within e The Two Thrones). Aqui vemos um príncipe mais jovem, que está ajudando o seu irmão Malik no assalto à cidade do Rei Solomon,. Ao chegar na sala dos tesouros, Malik que está com uma espécie de medalhão, que também é uma chave, abre o que eles pensavam ser um cofre, porém ao abri-lo libera uma terrível criatura conhecida como Ratash e o seu exército de criaturas/caveiras de areia. No meio da confusão o nosso querido Príncipe fica com uma metade do medalhão e Malik fica com a outra e os dois acabam se separando.
Enquanto procura uma maneira de encontrar o seu irmão e fugir, o príncipe depara-se com uma das guardiãs do templo, Razia, que explica que a única maneira de restaurar o equilíbrio é juntar as duas partes do medalhão e selar novamente Ratash e seu exército. Para facilitar a tarefa, dará ao príncipe o poder de controlar o tempo e acredite, você vai precisar muito da ajuda de Razia ao longo da história, que até aqui está só começando.
A jogabilidade segue o estilo dos outros jogos da franquia, que permite correr ou escalar paredes, agarrar-se à depressões e falhas nas paredes, desviar da armadilhas no chão e nas paredes, com adição de novos poderes, como a possibilidade de congelar quedas d’água para utilizar como colunas para escalar e saltar ou até mesmo para completar pedaços das paredes que faltam, e um outro poder, que permite “voar” em direção à um inimigo que esteja muito longe, separado por um precipício por exemplo.
Apesar das mudanças que tivemos na exploração dos cenários, nenhuma foi tão significativa quanto a obtida nos combates. Eu sempre sentia falta de um pouco mais de ação nos jogos da franquia, que acabava se repetindo muito com essa história de escala aqui, desvia de “n” armadilhas, corre pela parede, etc. É claro que sempre houveram lutas, mas nunca foi tão focado quanto nesse jogo. Há momentos que você irá se sentir sufocado pela quantidade de inimigos e se não tomar cuidado é isso que vai acontecer.
Outro ponto muito legal nos combates foram as magias elementais incorporadas ao arsenal do Príncipe, aqui é possível controlar fogo, terra, ar e água (gelo) e não são aqueles tipos de poderes que você ganha e não usa, pelo contrário, há momentos para usar todos eles e o que é melhor ainda é que há um sistema de experiência e upgrade para esses poderes. A experiência funciona da seguinte forma: ao matar um monstro você ganha orbs amarelos, que são de experiência, ao alcançar um determinado número de orbs você ganhará um upgrade point e pode “comprar” um upgrade no menu de upgrades, o tanto de experiência necessária para adquirir um novo upgrade vai aumentando de acordo com o avanço no jogo, por exemplo: o primeiro upgrade é possível quando alcançar 30 experiência, o segundo com 60 e assim por diante, até atingir o valor máximo de 300 experiência.
Agora vamos falar um pouco das conquistas/troféus, acredito que não mude muito de uma versão para outra, eu joguei a versão do 360 e gostei muito das conquistas que são bem distribuídas, num total de 40. Tem algumas que são mais relacionadas a história mesmo e vão sendo liberadas conforme o avanço do jogo, outra envolvem os combates, onde você tem que matar um determinado número de inimigos com um certo tipo de poder ou com um determinado golpe, outras exigirão o máximo dos jogadores, como a que pede para você matar tantos inimigos sem tomar nenhum dano e pior de tudo, matar o último boss sem tomar nenhuma porradinha sequer, meio insano mas com um pouquinho de treino você consegue.
Os gráficos desse jogo foram bem trabalhados, embora em uma cena ou outra você nota um pouco de serrilhado e as sombras às vezes são meio estranhas, mas as Cgs são muito bonitas e a primeira principalmente é de tirar o fôlego e os gráfico dos cenários então, são magníficos e retratam bem o ambiente, principalmente quando ficam algumas areias pairando pelo cenário, parece que é possível sentir o vento soprando.
A câmera funciona bem, é possível controlá-la com o analógico, porém em certos pontos fica difícil conseguir uma visualização adequada do cenário, dando aquela sensação de “Pra onde vou agora?”.
A trilha sonora é bem ambientada e passa bem o clima do game, mas não é nada que surpreenda como a trilha sonora de Nier, é bem comum e mais ou menos o que já tinha nos outros capítulos da série.
Concluindo, esse é um jogo com uma história empolgante que dá um novo fôlego para uma grande série, sem fugir do tradicional é claro, mas com excelentes ideias que foram muito bem aproveitadas! Recomendado para aqueles que já jogaram outros jogos da série ou para aqueles que procuram por um bom jogo que vá te garantir algumas horas de diversão e que te manterá grudado na tela para saber o que vai acontecer à seguir.
Pontos fortes
. História empolgante;
. Combates dinâmicos e alucinantes;
. Sistema de upgrade;
. Muitos lugares para explorar.
Pontos fracos
. Gráfico serrilhado (às vezes);
. Jogo curto.
NOTA FINAL: 9,0
…
Bruno está ficando cada vez melhor nas análises. E nos jogos!
Acaba ficando sem saber o que jogar, como eu. Quem quiser trocar idéias com ele, o email é: bruninhosilva_25@hotmail.com.
Obrigada, Bruno. 😀