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Conduzi o barco até um ponto distante da praia. Desliguei o motor e após certificar-me de que estava tudo correto e seguro, fui até a cozinha. Peguei o champanhe que deixara gelando em um balde de gelo, duas taças e caminhei até o quarto. No caminho, passando pela sala de estar, liguei o aparelho de som onde já deixara os CDs que queria como nossa trilha sonora nesta noite, começando com os Noturnos de Chopin.

Maise não estava lá. Deixei a bandeja em uma mesinha e enchi as duas taças. Ainda estava com a roupa do casamento e embora fosse de algodão claro, o dia estava quente. Estava ligando o ar condicionado quando ouvi um ruído às minhas costas.

– Oh! Querida, você está deslumbrante! – Tive que limpar a garganta para conseguir produzir sons, de tão seca ficou ao vê-la em uma camisola pérola translúcida. Ela parecia um pouco acanhada, o que me divertiu, pois fora despudorada quando ainda não estávamos casados e tentou seduzir-me com outra peça sensual. Aproximei-me lentamente saboreando cada centímetro do que via e ofereci-lhe uma das taças.

– Beba, querida. Vai refrescar e acalmar. Antes um brinde. Ao nosso amor, que ele seja sempre maior e continue superando toda e qualquer dificuldade.

Ela brindou e tomou um gole, ainda calada e um tanto trêmula. Peguei a taça de sua mão e depositei ambas na mesa. Peguei em suas mãos e caminhei até a beirada da cama onde sentei-me com ela ao colo.

– O que foi, minha amada? Está com vergonha de seu marido?

– Só um pouco nervosa. Desculpe. – Ela disse com os olhos abaixados.

– Olhe para mim. – Ergui seu rosto com a mão em seu queixo. – Sou eu, pequena. O mesmo Adriel que dormiu ao seu lado todas as últimas noites, o mesmo bobo apaixonado capaz de qualquer loucura por você. Não precisa ter nenhum receio e se não quiser não precisamos fazer nada hoje. – Dei-lhe um beijo suave para reforçar as palavras. Ela retribuiu timidamente.

Olhei em seus olhos para ter certeza de que aquilo era um sim e depois a beijei novamente, ainda de forma delicada só um pouco mais longamente. Ela entreabriu os lábios encorajando-me e fui um pouco mais intenso, enquanto minhas mãos acariciavam suas costas por sob o tecido leve. Ela aproximou-se mais ao mesmo tempo em que começou a corresponder efetivamente ao beijo.

Recostei-a nos travesseiros enquanto meus lábios saiam de sua boca e percorriam a linha de seu maxilar em direção ao pescoço. Ela gemeu baixinho quando mordisquei sua orelha, instigando-me a ousar e minhas mãos aproximaram-se da fita que prendia a camisola na altura dos seios, desatando o laço.

Quando fez menção de levar as mãos a eles, segurei-as impedindo e beijei-a até que gemesse. Afastei-me levemente, com uma das mãos acariciando sua nuca e olhei-a. Sua boca estava rosada de meus beijos, as bochechas quentes e os olhos brilhantes. Maise estava linda, assim, com o desejo por mim refletido na face e senti-me orgulhoso por saber que era minha esposa.

Afastei-me um pouco e deslizei as alças da camisola pelos seus ombros, expondo seus seios, embevecido com a perfeição que se ia revelando. Abaixei a peça até sua cintura e ela ergueu-se para que a tirasse completamente pelos seus pés, ficando apenas com uma minúscula e delicada calcinha rendada.

Sem tirar os olhos de seu corpo, ainda ajoelhado aos seus pés, tirei minha camisa e logo após as sandálias e a calça, ficando apenas com minha sunga branca. Ela olhava-me parecendo esquecida da timidez anterior e quando sentei ao seu lado, tocou meu peito com uma mão, enquanto com a outra puxou-me para si. Sorri satisfeito e antes de atendê-la dei um pequeno beijo em seu seio, arrancando um gemido de prazer.

Abracei-a bem firme, olhei-a com todo carinho que sentia e disse:

– Eu te amo, minha rainha, minha pequena, minha deusa. Você é todo meu mundo.

– Adriel, meu amor. Quero ser tua, completamente.

Agradecia agora ao meu poder excepcional de autocontrole. Sem ele certamente não teria conseguido controlar-me e continuar sendo gentil e suave após esta frase. Beijamo-nos intensamente, com nossos corpos nus totalmente colados, sentindo a pele um do outro pela primeira vez. O erotismo do momento adensara o ar, tornando nossa respiração difícil e pesada.

Toquei um dos seios bem levemente com a ponta dos dedos, sentindo sua pele arrepiar com o contato, enquanto sua boca pausava o beijo para engolir ar. Aproveitei para descer ao seio, percorrendo devagar o caminho com beijos e mordidas leves. Maise gemia baixinho, com as mãos em meus ombros, mas quando abocanhei um deles ela arfou, falando meu nome.

Voltei à sua boca e beijou-me voraz. Minhas mãos continuavam em seus seios e mamilos totalmente excitados e quando desci sugando-os, meus dedos iniciaram a exploração de sua barriga e cintura já igualmente sensíveis.

Maise ondulava os quadris em meio à respiração irregular e gemidos cada vez mais urgentes. Meus lábios acompanharam meus dedos e chegando ao minúsculo triângulo de renda, puxei-o gentilmente para baixo com os dentes.

Afastei-me para concluir a tarefa com as mãos e assim poder vê-la em toda sua nudez.

– Você é linda, linda, linda, querida. E é minha. – Beijei-a comovido com a intensidade do amor que sentia por vê-la assim neste momento.

– Adriel, amor. – Ela parecia implorar por satisfação, mas ainda era cedo. Tinha receio de machucá-la e queria certificar-me de que estava pronta.

Quando meus dedos tocaram sua feminilidade e senti a profusão da umidade soube que estava mais do que preparada, mas fui invadido pelo desejo de provar seu gosto além do cheiro que sentia adocicado a envolver-me. Quando minha boca tocou o centro de seu prazer e senti o sabor levemente salgado de seu prazer fui possuído pelo desejo de mais e mais e mais e beijei e suguei até que ela explodisse em um gozo farto e longo que sorvi até senti-la extenuada.

Tirei minha sunga antes de deitar-me a seu lado, tocando com carinho a sua face afogueada. Ela beijou-me ainda com desejo e tocou-me com cuidado. Afastei suas mãos instantes após. Meu desejo estava no máximo e não suportaria mais.

Afastei suas pernas e posicionei-me com cuidado sobre ela. Quando penetrei, retesou-se por um instante e fiquei imóvel para que seu corpo acostumasse com minha presença e beijei-a até que senti que voltava a relaxar. Comecei a movimentar-me devagar dentro dela sem deixar sua boca e acariciando seus seios com uma mão.

Quando vi que estava totalmente excitada com os movimentos e sem dor, toquei com o dedo um ponto de sua testa para expandir sua consciência. O corpo era pequeno demais para a imensidão de amor que eu sentia e somente o universo era grande o suficiente neste momento.

Senti sua alma expandindo além do corpo. Continuei amando-a com meu corpo ao mesmo tempo em que abraçava seu espírito.

– Adriel, o quê…

– Psiu. Não fale, amor, apenas sinta.

Nós dois estávamos agora simultaneamente em dois planos. Na matéria éramos corpos sensíveis movendo-se em uníssono, no extrafísico éramos gigantes e expandimo-nos pelas estrelas, integrados ao todo e conectados um ao outro por infinitos pontos de luz.

Agora podíamos sentir os sentimentos do outro. Deixei fluir, por todos os pontos de ligação, o amor por ela. Queria que visse o quanto era maravilhoso e perfeito. Ela retornou, emocionada, com seu próprio amor e senti-o iluminar e aquecer cada minúscula fração do que eu era.

Na Terra nossos corpos refletiam esta permuta de sentimentos com movimentos cada vez mais rápidos e intensos, culminando em explosivo e intenso orgasmo simultâneo.

O impacto do prazer fez-nos voltar e precisamos de alguns segundos inertes para ajustar-nos novamente à matéria.

Recobrei-me primeiro e ela estava largada, com os olhos fechados e sorrindo.

– Alô. Tudo bem com você? – Perguntei, soprando em seu rosto para refrescá-lo.

– Uau!!! E pensar que fez-nos esperar todo este tempo para sentir isto! – Ela riu, ainda com os olhos fechados. Ri também, embevecido com a felicidade no rosto de minha mulher.

Expansão de consciência: “Na Expansão de Consciência, nossa mente transcende os limites do espaço, do tempo e da causalidade linear.” Continue lendo e saiba mais aqui.

Texto registrado no Literar.

Imagem da net, infelizmente perdi a fonte.

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