Campo de trigo com corvos – Vicent Van Gogh – 1890
Dizem que este foi o último quadro pintado por Van Gogh que teria se suicidado uma semana depois, com um tiro no peito disparado por uma arma que emprestara com o propósito de espantar os corvos.
Muitos críticos viram no céu tempestuoso, nos corvos revoltos como anjos negros e na agitação do trigo uma clara demonstração do estado de espírito tumultuado do pintor que entremeava momentos de lucidez com outros de delírio devido à sua doença mental.
O Grito – Edvard Munch – 1893
Pintada apenas 3 anos após a de Van Gogh, esta tela de Munch tornou-se tão famosa e iconoclástica quanto aquela.
Aqui um personagem andrógino, sem cabelos como se doente, torto e deformado está a gritar e a tapar os ouvidos como se assim pudesse interromper ou deter o que o incomoda. Todo o quadro expressa dor, angústia e desespero.
A exposição que o mostrou pela primeira vez foi considerada tão perturbadora que um crítico recomendou que grávidas não a visitassem.
…
Embora tenhamos por convenção considerar a arte uma expressão do belo, diversos artistas colocaram em suas obras algo da angústia e da dor de viver e o fizeram de forma tão magnifíca que se eternizaram como ícones da arte, ou seja, do belo.
Embora perturbadoras pelo conteúdo são talvez mais reais e verdadeiras do que aquelas que apenas retratam o belo e o perfeito, porquanto aproximam-se mais de nossa condição humana e mortal.
Nas próximas postagens trarei para vocês algumas destas obras, tanto da pintura, quanto da literatura, da poesia e da música. Espero que apreciem. 😀