Estive afastada do mundo dos games e do blog por alguns anos. Fazem anos que não jogo nada no meu Switch. Dei o meu Playstation para meu filho há uns 2 ou 3 anos e ainda não comprei o novo. Pensei mesmo que este parte de minha vida se encerrara definitivamente. E então, nestas voltas que a vida dá, eis me de volta. Xenoblade Chronicles 3 é meu jogo de retorno, não apenas no blog, mas na vida. lol
Nestes anos todos (quase 5 acredito), pensei que tudo estaria radicalmente diferente: jogos, tecnologia, etc. e fiquei surpreendida com a familiaridade de tudo e com este sentimento de que nada mudou realmente. Estou jogando no mesmo Nintendo Switch de 5 anos atrás. Joguei partes do Xenoblade anterior, o 2. E aqui estou no mesmo blog de antes onde absolutamente nada mudou. Só demos mesmo uma repaginada na cara. Mas o blogger em si é o mesmo.
Eu talvez devesse ficar preocupada com esta aparente estagnação e talvez fique, mais a frente. No momento estou apenas aliviada, sentindo-me menos envelhecida e capaz de dar conta do recado tanto quanto qualquer outro.
E foi com este sentimento me animando que comecei a jogar Xenoblade Chronicles 3.
Devo confessar um segredo a vocês: eu comecei Xenoblade 2, mas não terminei. Quando joguei, já estava naquela fase querendo parar de jogar, com lotes de insatisfações com o mercado de jRPGs na cabeça e me deparei com lutas demoradas demais para meu gosto. Upar o personagem parecia auto tortura. O André ficou encantado com o jogo e tentava me animar a continuar dizendo que o uso dos acessórios e itens mudaria tudo. Eu olhava para aqueles itens que iriam acrescentar ou melhorar 0,1% ou 0,2% de alguma skill ou habilidade e sinceramente não acreditava. Acabei parando.
Arrependi-me depois, ao ouvir os relatos emocionados do André com relação a história e até mesmo ao sistema de combate. Pensava em voltar, mas, mas… Acabou que nunca voltei.
Quando ele me falou, em Março ou Abril, que Xenoblade 3 seria lançado em poucos meses e que estava pensando em blogar e abrir um canal do Youtube, fiquei feliz. Nestes anos com o blog parado, muitas vezes insisti para que o continuasse em meu lugar. Ele animava, fazia planos, mas a vida e sua correria acabava sempre postergando.
Começamos a conversar sobre como ele faria. Precisaria modernizar a template do blog para ser responsível e adaptável aos vários formatos, como celular e tablets e fazer várias outras melhorias. As ideias eram muitas e acabei me entusiasmando para voltar também.
Meu único receio era não ser capaz de jogar, que a tecnologia dos aparelhos e os jogos em si tivessem evoluido a uma tal forma que eu não conseguisse mais acompanhar. Vejam, o jRPG tradicional, de turnos, morreu há muito tempo. Hoje em dia o mais comum são os chamados Action RPG. No máximo um turno otimizado com tempos para cada ação, o que pode ser tornar um sistema completamente dinâmico e rápido, beeeemmmm longe daquela calmaria de poder parar e pensar antes de enviar uma ação!
Também, como uma jogadora clássica de jRPGs de turno, não era acostumada a me movimentar durante as lutas. A defesa toda era feita através de buffs ou ações como usar escudo. Todos ficavam paradinhos no lugar. Isto naqueles tempos em que luta e campo se davam em instâncias diferentes e não como agora, em que é tudo integrado e mal se percebe a transição entre os campos.
Além disto, tem a questão de ter que ser rápida no controle. Sempre gostei de jogos tranquilos, onde tenho tempo para pensar e montar uma estratégia. Esta coisa de ficar apertando botões enlouquecidamente nunca foi muito minha cara.
Surpreendemente, no entanto, ao longo deste tempo longe dos grandes jogos, joguei algumas bobeirinhas no celular onde o combate era bem mais dinâmico e acabei gostando. Também a duras penas aprendi um pouco a me movimentar durante o combate, desviando de ataques, etc.
E, para falar a verdade, tempos destes tentei jogar um Final Fantasy antigo e percebi como gosto mais do sistema de combate que temos hoje em dia. É bem mais a cara de nossos tempos: mais ágil e dinâmico como nossas próprias vidas.
Então, desde que não seja um sistema daqueles absurdos de esmagamento de botões, percebi estar aberta para os novos jogos.
Lembrei de quando jogava e blogava e do prazer que sentia com ambas as atividades e decidi encarar o desafio. Assim, aqui estou, aliás, estamos. André e eu juntos nesta empreitada, agora com canal no Youtube e presença nas principais mídias.
Sei que a maior parte dos leitores atuais nem se lembra ou sabe quem somos, mas para quem souber ou lembrar, deseje-nos sucesso!
E para nossos novos leitores, sejam bem vindos e esperamos que gostem de nosso trabalho.
Caso desejem, lembramos que temos um grupo no WhatsApp muito ativo, onde compartilhamos o mesmo amor pelos jRPGs. O link encontra-se nos botões da barra lateral.
Neiva