Os grandes videogames como Xbox 360, Nintendo Wii e PlayStation 3, utilizam hoje mídia ótica como forma de leitura dos seus jogos. Porém, boa parte da história desta indústria pode ser contada através de cartuchos – pequenas caixas com circuitos internos que, por muito tempo, foram sinônimo de diversão. Confira como eles evoluíram através do tempo e gerações.

Os primeiros aparelhos eletrônicos que poderiam ser considerados videogames nada mais eram do que máquinas de um título só, como o clássico TeleJogo. Às vezes elas até traziam variações, mas no fundo, havia um número limitado de jogos atrelado àquela máquina. Comprar novos títulos significava comprar outro videogame.
O Magnavox Odyssey, apresentado em 1972, foi o primeiro a trazer a ideia de cartuchos com jogos diferentes. No entanto, os cartuchos em si não tinham dados, eles apenas ativavam certas “lógicas” dentro do videogame pelos seus conectores. Como os gráficos eram extremamente rudimentares, meros quadrados luminosos, ele ainda vinha com imagens transparentes para sobrepor na sua TV.
Algum tempo depois, em 1976, a Fairchild Semiconductor lançou o Fairchild Channel F, o primeiro videogame que tinha cartuchos com jogos diferentes de verdade. Foi o início dos arquivos que conhecemos hoje como “ROM”s, que nada mais são que a sigla para “Read Only Memory”, ou em português, “memória apenas de leitura”.
Rapidamente, a Atari aproveitou a ideia e lançou seu primeiro videogame, o Atari 2600, ou Atari VCS (Video Computer System). Em conjunto com a Activision, a empresa criou obras incríveis, tornando o console muito popular. No entanto, isso não evitou que ele fosse devastado pelo crash de 1983 na indústria de jogos.

Neste mesmo ano nascia o Nintendo 8 Bits, que só seria lançado em 1985 nos Estados Unidos. Seus cartuchos eram mais evoluídos que os do Atari e suportavam mais dados, o que, em conjunto com o hardware superior do próprio console, deu origem a jogos mais evoluídos.

Também foi nessa época que surgiu o primeiro cartucho com bateria interna, que não apenas lia a informação presente, mas também salvava os dados do jogador. A novidade foi apresentada com uma grande aventura, que perdura até hoje, The Legend of Zelda.
Basicamente, a partir daí, os cartuchos passaram a evoluir apenas em capacidade. Consoles como o Super

Nintendo, de 1991, e o Mega Drive, de 1989, eram evoluções naturais do Nintendo 8 Bits, e seu concorrente, o Master System, de 1986.

Logo mais funções começaram a ser atreladas aos cartuchos. Chips como o Super FX permitiam que o Super Nintendo gerasse os gráficos 3D de Star Fox. Outros vinham com entradas para linha telefônica e conectavam os videogames à Internet, como o Mega Net.

No entanto, era aparente que a evolução não seria através de cartuchos. Sega e Nintendo já começavam a cogitar a mídia ótica como uma possibilidade futura. A Sega lançou o Sega CD como um acessório do Mega Drive e mais tarde seguiu o caminho da mídia ótica com o Sega Saturno.
A Nintendo havia planejado um periférico semelhante para o Super Nintendo, em parceria com a Sony, mas acabou desistindo. Mais tarde, este projeto viria a se tornar o primeiro PlayStation. Para seu próximo console, o Nintendo 64, a empresa optou por manter os cartuchos, escolha que muitos consideraram ser um grande erro devido aos altos custos.
Poderíamos imaginar que este foi o fim dos cartuchos, tornando-se obsoletos frente a uma nova tecnologia, como tantas outras. Porém, outro mercado encontrou grande utilidade neles e os utiliza até hoje: o mercado de videogames portáteis.
O primeiro videogame portátil a utilizar cartuchos foi o Microvision, em 1979, que tinha cartuchos tão grandes que eles vinham com suas próprias telas! Porém, foi a Nintendo quem realmente os popularizou com o clássico GameBoy. Os cartuchos continuaram sendo usados no GameBoy Color e GameBoy Advance.

Porém, quando a empresa anunciou que o Nintendo DS também utilizaria cartuchos, enquanto a Sony apostaria na mídia ótica com o PSP, muitos acharam que a história se repetiria. Curiosamente, os cartuchos se provaram mais úteis em portáteis, sendo mais fáceis de transportar e por consumirem menos energia.

Hoje, tanto o Nintendo 3DS quanto o PlayStation Vita, sucessor do PSP, utilizam versões bem avançadas dos clássicos cartuchos. Mas a história também não acaba aqui, já que a mídia digital já vem batendo à porta, com portáteis que baixam seus jogos diretamente da Internet.

Será que ainda haverá espaço para essas caixinhas com jogos que foram tão marcantes na história dos videogames ou dessa vez realmente seu tempo passou? Deixe seu comentário!

Fonte

Opinião: Acredito que a Nintendo foi a grande responsável pela revolução na industria de games, com jogo divertidos e maravilhosos, ainda ontem instalei um emulador de SNES em meu android e peguei diversos jogos como TOPGEAR, DONKEY KONG I II III, MARIO RPG & KART, SUNSET RAIDERS e SUPER METROID, jogos memoráveis que tinha em cartuchos. 

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