FF7R Intergrade: Melhorando o que já era bom com ótimas surpresas

by A Itinerante

Por @Thiago Felix.

No ano de 2020 os sonhos de muitos começou a ser realizado com a chegada do 1º Episódio de FF7 Remake. Se passaram dois anos após minha última visita a esse mundo, ainda no seu ano de lançamento, e nesse meio tempo sobrevivemos a pandemia mais mortal de nossas vidas e presenciamos vários acontecimentos no mundo real (alguém pensou em guerra e política?) e no mundo games (a chegada de uma nova geração de consoles, etc). 

Com a chegada da nova geração a Square-Enix nos presenteia com uma versão melhorada do já ótimo FF7 Remake e acrescenta uma expansão contando um pouco da história na ninjinha Yuffi e outras surpresas, mas com um problema: essa versão é exclusiva (nos consoles) apenas para o aparelho da Sony. E como todo fanático apreciador da série, comprei o console apenas influenciado por esse título, e logo comprei a DLC, pois aparentemente seria algo obrigatório para todo fã de Aerith, Cloud e sua turma.

Mas será que vale a pena revisitar o título? 

Essa questão me acompanhou por quase dois anos, e nesse meio tempo apenas protelei a jogatina por ter a impressão de que platinar o game novamente não seria interessante ou tomaria tempo de outros jogos que estão na promessa da platina. Mas no final de 2022 resolvi dar uma chance ao game.

Comecei pelo jogo principal para verificar se havia mudanças em relação ao jogo original e, obviamente, para presenciar as melhorias gráficas prometidas pela empresa. Sinceramente, tive a impressão de que os desenvolvedores são membros do nosso grupo de WhatsApp e estavam lendo toda a discussão criada em razão da renderização do jogo para PS4. Não há como discutir se esse título acabou com o problema, pois esqueça portas mal otimizadas, vista da favela em Bitmap ou construções de cenários e NPCs surgindo do nada. Está tudo lá como deveria ser, sem quedas de FPS (joguei no modo desempenho a 60 quadros) e com melhorias sutis, deixando o que já era lindo ainda mais prazeroso aos olhos.

Joguei com o mesmo objetivo da platina, sem se preocupar muito com mudanças, pois acreditava que seria apenas um mais do mesmo com visual impecável e sem loading (quase não é possível ler as dicas da tela de loading do game original do PS4, pois a transição é muito rápida). No entanto, percebi que alguns diálogos estavam diferentes, com adaptações e correções nas legendas, mostrando que houve uma preocupação em otimizar a obra. Sem dar spoilers, o jogo é praticamente o mesmo que jogamos na geração anterior, mas com acréscimos (achei fantástica uma luta que mudou em relação ao jogo original do PS4, encaixando melhor no enredo e potencializando uma cena final desse título). De resto, está tudo como deveria: o mesmo som e músicas merecedoras do prêmio de Melhor Trilha Sonora, a jogabilidade fluída e Aerith (meu amor platônico) linda como sempre.

Consegui a platina com sucesso e fui conferir o que realmente é novo no título: o episódio INTERmission, onde podemos controlar a ninja mais convencida e fofa da série, Yuffi. A DLC é curta (menos de 25 horas de jogo é possível coletar todos os troféus), mas é uma adição interessante ao título, contando outro ponto de vista para os acontecimentos simultâneos do jogo principal e principalmente mostrando uma jogabilidade distinta em relação ao jogo do PS4, com uma mecânica de ataques conjuntos lembrando os maravilhosos tempos de Chrono Trigger. Interessante e surpreendentemente é que essa mecânica é funcional, dando esperança para a jogabilidade nos próximos títulos que virão e quem sabe podemos ver ataques combinados nos próximos episódios. 

Em resumo, há um pouco de tudo: novas materias, novos personagens, novos (e velhos) inimigos e novos minigames pensados no jogo original de 1997 e no Crash Bandicoot (por que será que os produtores japoneses adoram destruir caixas?).

Figura 1 – Yuffi e seu novo parceiro: uma dupla afinada em combate

Mas o melhor, para quem gosta de um desafio, é um acréscimo que INTERmission fornece ao título principal após concluir algo secundário nessa DLC: uma nova missão para Cloud, Tifa, Barret e Aerith no simulador e é aí que a coleta dos 100% dos troféus pode subir no telhado. Posso dizer que simplesmente baixou o espírito Dark Souls nos produtores e um inimigo muito (mas muito mesmo) mais difícil do que qualquer outro durante o jogo aparece para transforma sua vida no inferno. No entanto, como acontece em todos os jogos da série mais aclamada da Fromsoftware, a sensação de vencer, após muito esforço e persistência, torna tudo ainda mais gratificante.

Figura 2 – Satisfação no sorriso de quem acaba de ver você jogar o controle na parede.

Enfim, esse jogo me causou um arrependimento profundo: o arrependimento de não tê-lo jogado antes. Uma ótima adição a um título que aperta o coração só de lembrá-lo, trazendo os tempos em que a única responsabilidade era tirar boas notas na escola e passar no vestibular.

Posts relacionados

Deixe um comentário